Quase metade das mulheres já ouviu alguma cantada ou piada de cunho sexual no trabalho, diz pesquisa

cantada trabalho
De acordo com o estudo do site Empregos.com, 42% das mulheres e 27% dos homens já foram vítimas desse tipo de assédio no trabalho (FOTO ILUSTRATIVA/Banco de imagens/Pixabay)

Quase metade das mulheres já ouviu uma cantada ou piada de cunho sexual no ambiente de trabalho, é o que revela uma pesquisa desenvolvida pelo site de recolocação Empregos.com. De acordo com o estudo, 42% das mulheres e 27% dos homens já foram vítimas de situações como essa.

Entre as entrevistadas, 13% responderam que isso acontece frequentemente ou sempre. A pesquisa, realizada entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, ouviu 203 mulheres, 170 homens e 3 pessoas que se identificaram como não-binário.

Os pesquisadores também questionaram se os trabalhadores já viram algum superior constranger um funcionário para conseguir algo: 46% das mulheres e 39% dos homens afirmaram que sim.

Já 55% das mulheres e 45% dos homens disseram que ofensas verbais são comuns no ambiente de trabalho. Cerca de 66% delas disseram que existem, no ambiente de trabalho, colegas que debocham uns dos outros. Entre os homens, a porcentagem é de 58%.

Desigualdade

Os participantes tiveram que responder questionários sobre temas diversos relacionados ao universo corporativo, como assédio moral, assédio sexual, discriminação, horas de trabalho, saúde e segurança.

Apesar de também consultar homens sobre as temáticas, o estudo visa analisar a desigualdade no ambiente de trabalho com foco no público feminino.

Em relação ao crescimento dentro das corporações, 45% das mulheres entrevistadas disseram discordar totalmente que as oportunidades sejam justas e igualitárias. Mais da metade delas (51%) também afirmou que a empresa em que trabalham não oferece formas de apoio às vítimas de assédio moral.

A pesquisa completa pode ser acessada pelo Instagram do site Empregos.com.

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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