Rio de Janeiro pode liberar uso de máscaras na próxima segunda

Rio poderá liberar máscaras em todos os ambientes
Desde outubro de 2021, o uso do item já não e obrigatório em espaços abertos (FOTO ILUSTRATIVA: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A cidade do Rio de Janeiro pode liberar os moradores do uso obrigatório de máscaras já na próxima segunda-feira (7). O anúncio foi feito pelo secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, nesta quarta (2). A medida ainda precisa ser confirmada, mas pode acontecer graças ao aumento na cobertura vacinal e à melhora nos índices de contaminação pela Covid-19 no município.

O uso de máscara em ambientes abertos já não é mais obrigatório desde final de outubro na capital fluminense. Outras medidas restritivas, como limite de ocupação de ambientes, foram retiradas em novembro. No início deste ano, essas medidas não foram revistas.

O secretário não acredita que as aglomerações do feriado irão impactar na decisão final sobre a retirada das máscaras. “A estratégia de limitar a entrada de turistas na cidade do Rio de Janeiro sem vacina funcionou”, afirmou.

Soranz detalhou as medidas adotadas para conter o avanço da doença – como a obrigatoriedade do passaporte vacinal para se hospedar e frequentar pontos turísticos na cidade. “Certamente isso desestimulou a vinda de turistas não vacinados. A gente viu que a nossa cobertura vacinal segurou o cenário epidemiológico”, disse.

Um passo atrás

O secretário de Saúde também ponderou que a mudança não indica que, caso seja constatado aumento no número de casos, a prefeitura não possa retroceder nas medidas de segurança. “Com um panorama epidemiológico mais favorável, nada mais correto do que a gente acompanhar esses dados com alteração das medidas”, argumentou.

“Claro que, se em algum momento a gente ver aumento nos casos, nas internações, a gente pode voltar com alguma medida restritiva. Mas não é o que parece. Com uma alta cobertura vacinal, a gente está vendo outros países também retirando essas medidas restritivas, aqui no Rio de Janeiro não seria diferente”, completou.

Passaporte sanitário

Além disso, Soranz adiantou que deve ser definido um parâmetro de cobertura da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para que o passaporte vacinal na cidade deixe de ser obrigatório. A cobertura atual na população adulta é de 99,1% com as duas doses e 53% com o reforço.

“A expectativa é que chegando entre 70%, 80% da população adulta com dose de reforço, a gente possa retirar a cobrança do passaporte vacinal na cidade. A gente viu que mesmo com as aglomerações, mesmo com o intenso fluxo de turistas, a alta cobertura vacinal segurou o aumento do número de casos graves. Mas essa proteção e essa cobertura não duram para sempre”, pontuou.

Soranz alertou também que a falta da dose de reforço pode levar à reintrodução de variantes do novo coronavírus que já não circulam na cidade: “Pode ser uma falsa sensação de segurança achar que a gente está seguro por um período muito maior e não estamos se a gente não fizer a dose de reforço”.

Índices

Segundo o secretário, mesmo com as aglomerações que ocorreram na cidade durante o Carnaval, a pandemia está sobre controle na cidade. O número de casos não indicou aumento e o índice de positividade dos testes estava menor do que 5% na semana passada.

“A Organização Mundial de Saúde considera que abaixo de 5% a gente tem um cenário epidemiológico controlado, favorável, isso se deve à alta cobertura vacinal na cidade do Rio de Janeiro”, explicou o secretário.

“No Réveillon a gente já estava vendo o aumento da ômicron acontecendo em dezembro, a tendência agora se mantém de queda do número de casos. A gente já estaria vendo um momento de sintomas respiratórios nas emergências, nas unidades de saúde”, disse.

O cenário, no entanto, parece ser outro. “A gente tem visto as unidades de urgência e emergência, os ambulatórios, sem muita procura por sistemas respiratórios. Então a gente vê uma tendência de queda sustentada, apesar do aumento do fluxo de turistas e do aumento das aglomerações na cidade”, completou.

Com Agência Brasil

Edição: Giovanna Fávero
Giulia Di Napoli[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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