Após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicar a conclusão dos estudos sobre o novo salário mínimo e a nova tabela do Imposto de Renda, assessores da equipe econômica comunicaram que o piso salarial deve aumentar de R$ 1.302,00 para R$ 1.320,00.
Além disso, a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física deve passar para R$ 2.640,00 no próximo ano. As informações foram divulgadas hoje (14) na coluna do jornalista Valdo Cruz, do g1.
O novo valor de salário mínimo deve entrar em vigor por meio de anúncio oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 1º de maio, Dia do Trabalho.
O valor de R$ 1.302,00 foi estipulado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e está em vigor desde janeiro de 2023. A quantia de R$ 1.320,00, por sua vez, havia sido prometida por Lula. Porém, no início deste ano, ainda não havia espaço fiscal para bancar o aumento, que causa impactos nas despesas da Previdência Social.
A nova tabela do Imposto de Renda vai ampliar a faixa de isenção, que atualmente, corresponde a R$ 1.903,98. A proposta apresentada por Haddad nessa segunda-feira (13) aguarda a decisão final, que será do presidente Lula.
Aumento do salário mínimo
Luiz Marinho, o ministro do Trabalho e Emprego, já havia adiantado que o salário mínimo passaria por um aumento ainda em 2023.
“Nós estamos discutindo a busca de espaço fiscal para mudar o valor do salário mínimo ainda este ano. Se houver espaço fiscal, nós haveremos de anunciar uma mudança para 1º de maio”, afirmou Marinho em entrevista à TV Brasil, veiculada no último domingo (12).
Outra prioridade do ministério é a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo. “Nós conseguimos mostrar que era possível controlar a inflação, gerar empregos e crescer a renda, crescer a massa salarial dos trabalhadores do Brasil inteiro, impulsionado pela Política de Valorização do Salário Mínimo. Ela consistia em, além da inflação, garantir o crescimento real da economia para dar sustentabilidade, para dar previsibilidade, para dar credibilidade acima de tudo para todos os agentes”.
“É importante que os agentes econômicos, o empresariado, os prefeitos, os governadores, saibam qual é a previsibilidade da base salarial do Brasil, e o salário mínimo é a grande base salarial do Brasil”, completou Luiz Marinho, que também foi ministro do Trabalho entre 2005 e 2007.
