Unisa revê a expulsão dos alunos que fizeram ‘masturbação coletiva’ em jogo de vôlei feminino

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Alunos de medicina têm expulsão revista pela universidade (Reprodução/Redes Sociais)

A Unisa (Universidade de Santo Amaro) está revendo a expulsão dos alunos de medicina que simularam “masturbação coletiva” em um campeonato estudantil em São Carlos, interior de São Paulo. Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, seis dos expulsos recorrem judicialmente da medida.

Além de pedir para que a instituição suspenda a expulsão, os alunos de medicina querem que a universidade os reintegre imediatamente às salas de aula. Os advogados dos estudantes argumentam que eles não tiveram o direito de se defender e pedem que sejam ouvidos.

Para eles, é necessário que os universitários retornem às salas de aula da Unisa pois estariam sendo prejudicados de forma irrecuperável.

Unisa revê expulsão dos alunos de medicina

A universidade admite rever a decisão de expulsar os estudantes. Ao todo, a instituição cancelou a matrícula de 15 deles como forma de punição pela “masturbação coletiva”. “Uma punição tem caráter punitivo e pedagógico”, disse o advogado da Unisa, Marco Aurélio de Carvalho.

“A universidade quis passar o recado poderoso, para a sociedade, de que atos vexatórios e anticivilizatórios não serão tolerados”, completou a defesa.

No entanto, “a universidade pretende reconhecer, nos efeitos suspensivos das expulsões, eventuais injustiças, desde que haja indícios mínimos de não participação dos estudantes nos eventos”, acrescentou Marco Aurélio.

O advogado completou que, se houve alguma decisão equivocada da universidade, ela será revista, pois a instituição não quer ter compromisso com o erro.

Aluno expulso chora constantemente

De acordo com a colunista, o primeiro aluno que apresentou recurso tem 19 anos e entrou na Unisa em fevereiro. O advogado Renato Franco de Campos afirma que o jovem está atordoado e chorando constantemente. Segundo a defesa, o rapaz teria estudado por anos para realizar o sonho.

Segundo o advogado, o estudante sequer participou da masturbação coletiva e que as imagens provariam isso. Para o advogado, o caso de todos os universitários deve ser tratado sob o prima educativo, mesmo aqueles que participaram dos atos.

O defensor aponta que os alunos são jovens que entraram em uma faculdade e receberam a situação das “brincadeiras” de ficarem nus como uma realidade da qual não podem fugir. Ele argumenta que os estudantes ouvem os veteranos e que tudo seria uma tradição.

“A comunidade acadêmica aceita aquilo, meninas e meninos participam”, disse Renato. “Nesse ecossistema, o calouro acaba sendo pressionado, e praticamente todos participam de alguma forma”, completou o advogado em entrevista à colunista.

Para ele, a responsabilidade não deve ser cobrada apenas dos calouros, mas também das faculdades. O advogado da Unisa, Marco Aurélio de Carvalho, disse também que a universidade pretende apresentar ao MEC (Ministério da Educação) propostas de campanhas e um pacto contra trotes violentos no Brasil.

Arreda pra Cá

Nesta semana, o podcast do BHAZ recebe o dono de uma das mais tradicionais redes de barbearia do Brasil: Elias Torres, também conhecido como Seu Elias. Ao longo da última década, ele fundou a primeira loja, virou o barbeiro de grandes jogadores de futebol, criou a rede Seu Elias, com mais de dez lojas, e se aposentou – cobrando R$ 1 mil por corte de cabelo.

No podcast, ele contou tudo sobre a infância vendendo picolés nas ruas e como se preparou para virar barbeiro. Seu Elias também abriu o jogo sobre clientes como Neymar, Messi e outras grandes estrelas que passaram por Cruzeiro, Atlético e por uma cadeira do Seu Elias.

Ele contou ainda sobre os principais desafios do negócio, que mudou a forma de os homens lidarem com a vaidade, deu dicas para os novos empreendedores e revelou os bastidores das barbearias e próximos passos. O episódio completo vai ao ar nesta terça-feira (26), às 17h.

Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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