VÍDEO: Entregador joga açaí em cliente por demora em atendê-lo e por ter que subir em apartamento

açaí entregador
Entregador arremessou pote de açaí contra cliente e vídeo viralizou na web (Reprodução/Redes sociais)

Viraliza nas redes sociais, ao longo das últimas horas, um vídeo que mostra um entregador jogando um pote de açaí contra um cliente, sujando o homem e a casa dele. As imagens teriam sido registradas no Rio de Janeiro, mas não há detalhes a respeito dos envolvidos, nem quando o momento ocorreu.

No vídeo, o entregador espera que o cliente abra a porta e, na sequência, dispara xingamentos contra o homem. Ele diz que nenhum outro entregador irá atender o homem, por fazê-los esperar por muito tempo e ainda ter que subir ao apartamento no endereço de entrega.

Em determinado momento, o entregador arremessa o açaí em direção ao homem, sujando a entrada da casa e parte do interior. O cliente, por sua vez, parece não entender bem a motivação para a revolta.

Nas redes sociais, internautas se mostram divididos a respeito da abordagem do entregador. Por um lado, há quem diga que ele extrapolou os limites ao jogar o açaí no cliente. De outro, alguns defendem a postura dizendo que os entregadores são alvos de abusos constantemente no trabalho. E você, o que acha?

Entregador tem que subir ou não?

Em junho deste ano, um caso parecido ganhou repercussão nas redes sociais: em São Luís, no Maranhão, um entregador foi chamado de “vagabundo” por um cliente que exigiu que ele subisse até o décimo andar para completar uma entrega.

À época, Edgar da Silva, presidente da Amabr (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil), explicou que não há lei que obrigue os entregadores a subirem até o apartamento do cliente.

Motofretista há 21 anos, ele compara o trabalho de delivery ao de um carteiro, que “leva [a entrega] de um endereço ao outro”. Sendo assim, a exigência é descabida e muitas vezes prejudica o profissional.

“O motoboy já ganha pouco. Aí se ele para a moto, deixa na rua, corre o risco de ela ser roubada com outras mercadorias dentro. Ele vai subir, de andar por andar. Às vezes tem várias entregas no mesmo prédio. Tudo isso aí, ele já perdeu uma noite. Não pagou nem a gasolina, já que costuma ganhar por entrega”, explicou o líder da associação ao BHAZ.

Ainda de acordo com Edgar, é preciso considerar o regimento de cada prédio e condomínio, já que alguns nem permitem a entrada. Ele destaca que, algum tempo atrás, era comum ficar sabendo de episódios criminosos envolvendo falsos entregadores.

Para evitar esses impasses, a melhor solução é utilizar o bom senso e ter empatia com a realidade dos profissionais de delivery.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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