O nome do ex-jogador Daniel Alves, condenado na Espanha pelo estupro de uma mulher em uma boate, esteve nos assuntos mais comentados das redes sociais nesse sábado. Internautas especularam a morte do ex-atleta da Seleção Brasileira na cadeia, informação que foi desmentida pela equipe e por familiares dele.
Nas redes sociais, o irmão de Daniel Alves, Ney Alves, apareceu irritado com os boatos e pediu respeito. “Que Deus te dê muita saúde e sabedoria meu ‘mano veio’, para superar e suportar a crueldade dos seres humanos. Que Deus tenha misericórdia da sua vida e da nossa família”, escreveu ele ao compartilhar uma foto ao lado do irmão.
Em seguida, Ney gravou um vídeo falando novamente do assunto. “Vocês já condenaram o cara. Não basta, já? Já condenou, o cara tá preso. Agora vocês querem a mortes, querem ver meu irmão morto? Quanta crueldade é essa. Meu pai tem mais de 70 anos e minha mãe mais de 60. Vocês não têm família não?”, disse, revoltado.
Condenado por estupro
Condenado a quatro anos e meio de prisão nesta quinta-feira (22), o ex-jogador de futebol Daniel Alves, acusado de estupro de uma jovem de 23 anos em uma boate da Espanha, poderá ter liberdade condicional concedida no ano que vem. Preso preventivamente desde janeiro de 2023, parte da pena poderá ser descontada do tempo em que ele esteve em cárcere.
Conforme a lei espanhola, é possível que Daniel Alves solicite ao Juiz de Vigilância Penitenciária, após o cumprimento de dois anos e quatro meses de pena, o terceiro grau penitenciário. Visto que 13 meses de reclusão já foram cumpridos, a solicitação poderá ser efetuada em maio de 2025.
Caso aceito, o brasileiro poderá ganhar o direito de usufruir de um dentre dois cenários: voltar para casa diariamente, mas dormir na prisão, ou passar os finais de semana em casa. Desde o ano passado, Daniel Alves está alojado no presídio Brians 2, em Barcelona, e por lá deve seguir pelos próximos dias, segundo apuração do diário espanhol El País.
Ainda de acordo com o periódico, o artigo 154 do Código Penal espanhol estabelece que os presos, após cumprirem um quarto da pena, podem desfrutar de permissões de saída, sempre e quando mostrarem bons comportamentos e tiverem relatório favorável dos responsáveis.
Tendo já cumprido 13 meses de reclusão, Daniel Alves poderia solicitar o direito em questão de semanas, entretanto, não poderá fazê-lo pela condição de preso preventivo. A circunstância o impede de se beneficiar do direito.
