O Carnaval sem a tradicional folia por Minas chegou ao fim e o governo do estado apresentou, nesta quarta-feira (17), o balanço das operações realizadas. Noventa e quatro pessoas foram presas por descumprirem determinações das autoridades e continuarem, por exemplo, desrespeitando medidas para prevenir a contaminação pelo novo coronavírus. A conscientização da população foi destacada.
“A população entendeu o pedido de se fazer um Carnaval pela vida”, destacou o general Ramon Marçal. Apesar da consciência de uns, outros insistiram em desrespeitar as medidas sanitárias e aglomeraram em festas clandestinas. “Tivemos centenas de eventos clandestinos em todo estado, inclusive na área rural”, destacou o comandante geral da PM, Coronel Rodrigo Souza.
As denúncias realizadas pela população foram de suma importância para o trabalho das autoridades. “Agradecemos a sociedade consciente que permitiu que desdobrássemos nosso planejamento. Das centenas de atuação, a gente ocupou os espaços após levantamento prévio”, afirmou. Mais de 50 ocorrências foram registradas, segundo o comandante da PM.
“Pessoas que não receberam de forma imediata a orientação e tivemos que atuar. Tivemos o apoio da Advocacia Geral do Estado e do Tribunal de Justiça e conseguimos medidas cautelares que permitiram as ações. Estivemos junto com os município para fiscalizar e aplicar multas e penalidades. Tivemos 94 conduzidos que não aceitaram as orientações”.
O desrespeito às normas de prevenção contra o novo coronavírus pode ocasionar em multa de até R$ 50 mil para os infratores. Os dados são referentes do dia 12 a 16 de fevereiro.
Redução nos crimes
O fato do Carnaval deste ano ter sido sem a tradicional folia contribuiu para a queda nos registros de crimes. “Mais de 545 armas de fogo apreendidas, redução de 52% nos crimes violentos, 28% de redução nos homicídios”, destacou o comandante da PM. Os números de Belo Horizonte, capital do estado, também foram apresentados. “Mais de 50% de redução de crimes violentos, os de lesão corporal redução de 43% e os de estupro foram 51% a menos neste período”.
“Registramos nossa gratidão à população consciente que sabe que deixar as festividades para depois é uma luta pela vida e para frear a pandemia. As pessoas aderiram e o resultado virá com o achatamento da pandemia em nossa Minas Gerais”, concluiu o comandante da PM.
