Covid-19: PBH proíbe música ao vivo, recreação infantil e telão em bares

música ao vivo
Apresentação de artistas está proibida (Banco de imagens: Envato/Wavebreakmedia)

Bares, restaurantes e outros estabelecimentos estão proibidos de ter música ao vivo, exibir eventos esportivos e de promover outras atividades de entretenimento nos comércios de Belo Horizonte. A proibição foi publicada no DOM (Diário Oficial do Município) desta sexta-feira (23) e já está em vigor.

A portaria assinada pelo secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, visa evitar aglomerações e, consequentemente, a contaminação pelo novo coronavírus. Os espaços de entretenimento infantil ou área de lazer também estão suspensos por tempo indeterminado. As medidas devem ser seguidas por restaurantes, lanchonetes, cantinas, sorveterias, bares e similares.

Esta não é a primeira vez que a SMSA (Secretaria Municipal de Saúde) proíbe a realização de música ao vivo e a exibição de eventos esportivos nos estabelecimentos da capital mineira. Em setembro do ano passado, o mesmo aconteceu. A proibição é criticada por Mateus Daniel, presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).

‘Falta de sensibilidade’

“A portaria demonstra, mais uma vez, a falta de sensibilidade da prefeitura com o setor. Já funciona até às 16h e agora não poder ter playground e música ao vivo é querer enterrar de vez o setor. Repudiamos este tipo de restrição no dia em que o Rio de Janeiro libera todo o comércio a funcionar até às 22h”, diz em entrevista ao BHAZ.

O representante do setor também lamenta a falta de apoio por parte da prefeitura. “A PBH não tem cuidado com o setor e, mais uma vez, pagamos a conta sem qualquer contrapartida da prefeitura. Kalil disse, assim que foi reeleito, que seria a hora de ajudar o comércio. Não sei que hora vai chegar, já que até hoje ele não moveu uma palha”.

“Esta decisão é totalmente inapropriada. O músico está sem trabalhar há um ano e não pode fazer nem voz e violão, as crianças não podem ficar no playground quando forem almoçar com os pais”, finaliza lamentando.

A portaria pode ser lida aqui.

Edição: Giovanna Fávero
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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