Globo exibe enterros de vítimas da Covid-19 e divide opiniões: ‘Necessário’ e ‘absurdo’

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O apresentador do SPTV avisou aos espectadores que as imagens mostradas seriam fortes (TV Globo/Reprodução)

As cenas exibidas pela TV Globo nesta segunda-feira (30), do enterro de vítimas da Covid-19, foram consideradas “necessárias” por alguns e “absurdas” por outros. A emissora fez a transmissão ao vivo do enterro no cemitério da Vila Formosa, na zona leste de São Paulo.

O jornalista César Tralli, que apresenta o SPTV, avisou, antes de exibir as cenas, que as imagens seriam fortes. As gravações mostram coveiros cavando sepulturas usando roupas especiais para evitar o contágio pelo novo coronavírus.

“As imagens que nós vamos mostrar são fortes. Você pode ver que eles estão com roupas protetoras, capuz, luvas e máscaras. São poucas pessoas participando dos enterros e se despedindo. O que se soma ainda à dor da perda, muitas delas usando máscaras”, completou a repórter Zelda Mello, que estava no helicóptero onde as imagens foram captadas.

Repercussão

A exibição das imagens fortes dividiu opiniões entre os espectadores. “A Globo não tem limite! Que sensacionalismo medíocre, registrando a hora da morte de pacientes, até enterro”, escreveu um internauta no Twitter.

Outros usuários acreditam que as imagens podem servir como um “choque de realidade” para quem não acredita na gravidade da situação. “Se não mostrarem as pessoas não levam a sério, e com o tempo vão se descuidando pela falta de realidade, não dá pra fazer massagem quando se trata de uma pandemia”, escreveu outro internauta.

O secretário da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, disse nesta segunda-feira (30), em entrevista coletiva, que 206 pessoas estão internadas em unidades de terapia intensiva em todo o Estado por causa do coronavírus. Segundo ele, ontem eram 174 pacientes internados em UTI.

Nas enfermarias, com pacientes internados em estado leve, são 258 pessoas em todo o Estado. São Paulo tem, até este momento, 1451 casos confirmados de coronavírus, com 98 mortes.

Com Agência Brasil

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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