O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou que não é “nenhum comunista”. A declaração foi dada em entrevista ao Manhattan Connection, da TV Cultura, exibido nessa quarta-feira (30). O político ainda disse que aprendeu durante a pandemia de Covid-19 sobre como deveria realizar a reabertura da capital mineira.
Ao dizer que não é comunista, Kalil respondia a um questionamento sobre a eliminação da miséria afirmando que “é um processo longo”. “Se nós negarmos o assistencialismo, podemos preparar para uma grande convulsão. A prefeitura, desde o início da pandemia, distribui 257 mil cestas básicas por mês. Como fez isso? Cortando 30% de todas as secretarias, menos da Saúde, e colocando na Assistência Social”.
Kalil falou ser contra o assistencialismo e disse quais soluções acha mais viável. “Sou a favor da PPP (Parceria Público Privado, sou a favor do empresariado, que eu acho que ele que gera a riqueza, que gera o imposto. Eu não sou nenhum comunista como eles gostam de falar aí”.
Empréstimo negado
O prefeito de BH lembrou do empréstimo milionário negado por vereadores, que segundo ele, viabilizaria a solução para o histórico problema de enchentes – e consequentes tragédias – na região da avenida Vilarinho.
“Enquanto estes desumanos tiverem algum poder, nós não vamos acabar com a pobreza”, disse afirmando que a negação do empréstimo aconteceu por “politicagem”.
A rejeição ao projeto se deu depois que a liderança do governo na CMBH (Câmara Municipal de Belo Horizonte) não conseguiu os 28 votos necessários para a aprovação. O texto teve 27 votos a favor e 12 contra, e o vereador Cláudio do Mundo Novo (PSD), do mesmo partido do prefeito Kalil, se absteve.
Pandemia
A gestão da pandemia do novo coronavírus se deu, segundo Kalil, com o aprendizado dos erros cometidos. “Quando os números caíram, em 2020, abrimos a cidade, totalmente sem critério e tivemos que fechar. Aprendemos que temos que abrir gradativamente”, afirmou adiantando que uma nova flexibilização deverá acontecer.
Kalil destacou a importância da vacinação e criticou aqueles que acham que o distanciamento social não ajuda a conter a propagação da doença.
“A solução [da pandemia] é vacinação e ninguém tem dúvidas, aliás, alguns idiotas ainda têm. A vacinação é fundamental, abertura gradual e controle diário dos números. Se precisar fechar de novo, fecha. Falar que distanciamento não ajuda é uma barbaridade”.