Kalil diz que confia ‘200%’ na vacina e vai se imunizar quando possível

Alexandre Kalil
Prefeito acredita que, com otimismo, BH pode terminar a vacinação antes de 2022 (Amanda Dias/BHAZ)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou que tem “200%” de confiança nas vacinas contra a Covid-19 e que está otimista para o prosseguimento da vacinação na capital mineira. Ele usou de exemplo a situação de Israel, que teve queda de 60% nas hospitalizações de pacientes com mais de 60 anos após a aplicação da primeira dose da vacina da Pfizer/Biontech.

Em entrevista ao UOL concedida nesta segunda-feira (25), o prefeito afirmou que espera que a população de BH já esteja toda vacinada em 2022. “Temos mais gente do que braço, mais gente do que vacina. (…) Querendo ser otimista, o que eu espero, é que essa semana esse material chegue até o Butantan, e nós passemos a fazer, praticamente, um milhão de vacinas por dia, que é o que o Butantan nos diz. De um outro lado, podemos ter a Fiocruz, fabricando, também, um milhão”, declarou.

Confiança na vacina

Questionado a respeito da confiança na eficácia dos imunizantes, Kalil não hesitou: “Depois da notícia de Israel, tenho 200% de confiança. Foi absolutamente impressionante, e isso tem que ser muito bem divulgado. Caiu 60% do índice de internação na primeira dose da vacina”. Os dados foram divulgados por a provedora de saúde israelense Maccabi.

O prefeito afirmou, ainda, que vai se vacinar quando chegar sua vez e acredita que isso pode estimular a população a confiar mais no imunizante. “Pretendo ajudar a credibilidade da vacina. Você pode levar algumas pessoas, já que você tem uma liderança e ganhou uma eleição no primeiro turno, você tem que imaginar que o público tem confiança em você. Se você está fazendo esse tipo de ato, o povo vai pensar ‘o prefeito vacinou’. Então nós podemos botar o braço lá, que não tem problema, não”, pontuou.

Reabertura do comércio

Com a chegada da vacina, Kalil afirma que pretende esperar uma queda maior nos números da Covid-19 em BH para reabrir o comércio não essencial. “Ninguém quer morrer, não. Morrer agora, que tá chegando? A vacina tá aí, tá provado em Israel, que caiu 60%. Se Belo Horizonte cair 60% das internações, eu abro a cidade amanhã, ué”, disse.

“Vou ter uma reunião hoje, ainda, com esse pessoal. Como eu disse, os números estão caindo, não na velocidade que deveriam. Eu acho que a abertura gradativa, o próprio comércio entendeu que vai precisar, e a pressão hoje não é grande, porque se sabe o que está acontecendo”, completou o prefeito.

De acordo com boletim epidemiológico divulgado hoje pela PBH, a capital mineira registra 83.549 casos confirmados de Covid-19 e 2.185 óbitos causados pela doença. A ocupação de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) para tratamento da Covid-19 está em 86%, no nível máximo de alerta, e os leitos de enfermaria estão 64,1% ocupados.

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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