Mortos são deixados nas ruas e coronavírus provoca caos e colapso no Equador

coronavírus no Equador
Imagens da crise no Equador provocada pelo coronavírus têm circulado em todo o mundo (Reprodução/Twitter)

O Equador entrou em colapso de saúde por conta do avanço do novo coronavírus na América do Sul. O país não tem conseguido conter os efeitos da doença e cenas de pessoas mortas pelas ruas das cidades equatorianas têm circulado em todo o mundo. O governo local informou nesta quinta-feira (2) que 150 cadáveres foram retirados das casas em Guayaquil, epicentro dos casos no país.

A cidade portuária de Guayaquil tem sido considerada a Wuhan do Equador, em referência à cidade chinesa por onde o pico de Covid-19 se espalhou. Atualmente o país tem 2,7 mil casos confirmados da doença e 70% deles estão em Guayaquil.

Segundo o jornal El País, até o momento, são 98 mortes confirmadas no país e 60 delas na província de Guaya, onde está a cidade de Guayaquil. Além disso, outras 76 mortes ainda são investigadas, já que os testes para a doença não chegaram a tempo. No entanto, as autoridades locais consideram o novo coronavírus como causa dessas mortes ainda não identificadas.

O número de mortes pode ser ainda maior. Pois, além do colapso na saúde, o país tem enfrentado dificuldades no setor funerário. Os corpos estão sendo largados nas ruas das cidades, por causa desse déficit. Famílias estão sendo obrigadas a conviver com pessoas mortas dentro de casa devido à dificuldade em recolher os corpos.

De acordo com outro veículo local, o El Comércio, a Polícia Nacional informou que foram mais de 300 cadáveres foram recolhidos entre os dias 23 e 30 de março. Especialistas ainda estimam que, na província de Guaya, o número de mortes na região chegue a um número entre 2 mil e 3,5 mil nos próximos meses.

Pelas redes sociais, circulam imagens de corpos deixados nas ruas e alguns sendo incendiados, já que as pessoas temem que o vírus continue se espalhando, mesmo com a vítima morta. No Brasil, na manhã desta quinta (2), o assunto dominava os noticiários e estava em primeiro lugar nos assuntos mais comentados do país no Twitter.

A situação agonizante do país chegou a emocionar um repórter de uma TV local durante uma transmissão ao vivo. Carlos Julio Gurumendi passava informações sobre a situação do país, quando sofreu uma crise nervosa e começou a chorar.

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