‘Ritmo sem precedentes’, alerta OMS sobre propagação da variante ômicron pelo mundo

Vacina
Entidades apontam que ômicron deve tomar o lugar da variante Delta em termos de risco à população (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou nesta terça-feira (14) que a transmissão da nova variante da ovid-19, ômicron, é mais rápida que todas as outras. A organização também alerta que somente a vacina não consegue acabar com a crise. É necessário manter as outras medidas como uso de máscara e distanciamento social.

Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, disse em entrevista coletiva: “Atualmente, 77 países relataram casos de ômicron, mas a realidade é que a ômicron provavelmente está na maioria dos países, embora ainda não tenha sido detectada. Ele está se espalhando a uma velocidade que não vimos com nenhuma outra variante”.

Apesar de a variante causar menos casos graves, o maior desleixo com as medidas de prevenção pode acarretar no aumento de casos e na sobrecarga do sistema de saúde. Outra preocupação é o acumulo de vacinas pelos países mais ricos em contraste com o baixo índice de vacinação dos mais pobres. “Serei claro: a OMS não é contra as doses de reforço. Somos contra a injustiça”, alertou o diretor-geral da organização.

Ômicron na Europa

O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) divulgou nesta quarta-feira (15) as avaliações sobre o risco da nova variante da Covid-19 para o mundo. O ECDC considerou que a ômicron representa risco “muito elevado” e exige medidas “urgentes e fortes”, de modo a proteger os sistemas de saúde.

O ECDC diz que a ômicron deverá suceder a Delta como a variante dominante na União Europeia (UE) no início de 2022. O vírus já circula por todo o continente e observa-se com o tempo “uma redução significativa da eficácia das vacinas”.

Vários países começam a adotar medidas mais restritivas para conter o aumento de infecções. A preocupação é com a sobrecarga dos sistemas de saúde, situação que vários países já vivenciaram em 2020.

O ECDC alega que, “com base nas provas limitadas atualmente disponíveis, e dado o elevado nível de incerteza, o nível global de risco para a saúde pública, associado à emergência e propagação da ômicron, é avaliado como muito elevado”. Além disso, é recomendado uma ação urgente para reduzir a transmissão do vírus.

Giulia Di Napoli[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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