O Ministério da Saúde informou nessa quinta-feira (2) que a primeira morte causada pelo novo coronavírus no Brasil foi registrada no dia 23 de janeiro, em Minas Gerais, portanto, antes do Carnaval – o que contraria as informações passadas anteriormente pelo órgão de saúde. Trata-se de uma mulher de 75 anos e o caso foi importado, ou seja, a mulher foi contaminada fora do Brasil.
“Este caso ainda está sendo mais investigado. Ele é importado, obviamente. Mas não tem dúvida de que é positivo para coronavírus”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, sem detalhar para qual país a mulher viajou nem mesmo em qual município ou região de Minas ela morava.
O novo primeiro caso, segundo o ministério, é resultado de uma “investigação retrospectiva”, que tem apurado casos de internação por síndrome respiratória aguda grave. A informação foi divulgada pelo secretário durante entrevista coletiva concedida ontem.
“Estamos transitando para um modelo de vigilância, colocando o coronavírus na rotina. Estamos ajustando as definições para que o Covid-19 seja investigado como mais uma doença respiratória”, explicou o secretário.
Até então, o ministério considerava como o primeiro caso da doença no Brasil, um homem de 61 anos, morador de São Paulo, que voltou da Itália e testou positivo para o vírus no dia 26 de fevereiro.
No entanto, ao revisitar os casos de síndrome respiratória aguda grave no Brasil, o órgão descobriu que, dos 23 mil pacientes registrados com a síndrome no país, até o momento, 1,5 mil testaram positivo para Covid-19.
Segundo a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais), até o momento, são 39 mil casos suspeitos para Covid-19 e 370 casos confirmados no Estado. Ao todo, segundo a secretaria, são 55 óbitos em investigação e 4 mortes causada pela doença foram confirmados.