Como a música sai do disco de vinil? Veja essa e mais curiosidades no Dia Mundial do Disco

Respostas para algumas questões envolvem ciência básica e história (Divulgação/Soni Meira)

Quem nunca se perguntou como um disco de vinil é capaz de guardar uma música? Pra muitos a questão pode soar bem complexa, enquanto outros juram que só é possível através de mágica.

A verdade é que a resposta para essa e outras perguntas envolve ciência básica! No compasso do Dia Mundial do Disco, celebrado neste sábado (20), o BHAZ preparou uma lista de curiosidades sobre os vinis para você. Confira!

História

Em 2024, o disco de vinil completa 76 anos. Seu primeiro protótipo surgiu em 1948, tendo como objetivo substituir os discos de goma-laca, que fez grande sucesso na primeira metade do século XX. Ao contrário do antecessor, o vinil era leve, resistente, fácil de manusear e com tecnologia mais avançada para a reprodução musical.

Também chamado de Long Play (LP), o disco de vinil foi amplamente difundido no início da década de 50. As informações registradas no objeto só podiam ser lidas e transformadas em conteúdos sonorosos através de um aparelho específico, que recebeu o nome de toca-discos, ou vitrola.

Mas como a música é gravada?

Tudo começou em 1877, quando o inventor americano Thomas Edison entendeu que o som nada mais é que a vibração de partículas que se propagam através de um meio (como o ar, por exemplo). A partir disso, Edison desenvolvou uma técnica para que essas ondas pudessem ser gravadas, dando origem ao fonógrafo.

Um fonógrafo trata-se de cilindro giratório recoberto com cera, estanho ou cobre, onde são riscadas, através de uma agulha, as vibrações de um som afunilado em uma corneta. Em outras palavras, o som entra pelo cilindro e a vibração que chega à agulha marca o disco de cera do equipamento.

Se fizermos o movimento inverso, de girar o cilindro já riscado com a agulha em contato, o fonógrafo é capaz de ler e transmitir as vibrações para uma membrana no interior da máquina, que, amplificada pela corneta, emite o som.

Com pequenas alterações técnicas, o disco de vinil segue a mesma lógica. Em um disco de alumínio revestido com resina, a música a ser gravada é reproduzida de forma que a vibração do ar produz “rachaduras” em sua superfície. Incrível, não é?

E para copiar esse disco?

O processo de produção de cópias é um pouco mais complexo que o anterior. Para isso, o disco de alumínio original é banhado com prata e níquel, formando uma camada metálica. Chamada de máster metálico, essa camada é separada do disco e passa a valor como um molde para a produção de outras unidades em escala industrial.

Depois de feito, o máster metálico é encaixado em máquinas que aplicam uma força de 100 toneladas sobre “biscoitos” de PVC derretido, gravando as mesmas rachaduras do primeiro disco nos modelos seguintes. E é exatamente por isso que o som sai igualzinho em todos.

Apesar de demandar um processo super tecnológico, cada disco leva menos de 30 segundos para ser feito!

E sobre os discos de ouro?

Você também já deve ter ouvido falar dos famosos discos de ouro, usados para premiar artistas que venderam muitas cópias dos seus trabalhos. Na verdade, esses discos não são verdadeiramente de ouro. Essa é apenas uma simbologia usada para parabenizar os compositores por músicas ou discos de sucesso.

E a ideia de um disco de ouro tem tudo a ver com a forma em que as músicas são gravadas nos vinis. Lembra dos másters metálicos, aquelas camadas usadas como molde na reprodução dos discos? Pois eles têm certa durabilidade, como qualquer material. No passado, a cada 100 mil cópias, aproximadamente, os másters metálicos começavam a ficar gastos. Um sinal de que aquele disco estava sendo muito copiado, não é?

E foi daí que surgiu a ideia de celebrar a marca de cópias produzidas. A cada 100 mil reproduções, as gravadoras passaram a entregar os másters metálicos desgastados para os artistas, como forma de parabenização pela composição de sucesso.

Coisa do passado?

É comum ouvir que os discos de vinil já não têm mais espaço na sociedade, ou que são ultrapassados. Em BH, a afirmação não parece ser condizente. A capital mineira abriga diversas lojas de discos, que estão intimamente ligadas à história da cidade.

Quer conhecer algumas? Então se liga na lista que o Rolê BHAZ preparou para você através deste link.

Thiago Cândido[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais. Colunista no programa Agenda da Rede Minas de Televisão. Estagiário do BHAZ desde setembro de 2023.

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