Mudando de dor e de tragédia, força a Marrakech; há dez anos o Galo estava lá

Mudando de dor e de tragédia, força a Marrakech; há dez anos o Galo estava lá

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Há 10 anos, Galo disputava Mundial do Marrocos

Solidariedade a todos os marroquinos (Fotos de minha autoria)

Que tristeza o noticiário sobre o terremoto de 6,8 graus que faz o Marrocos contabilizar mais de 2.000 mortos. Uma tragédia, cuja maior cidade atingida foi Marrakech, onde o Atlético disputou o Mundial de Clubes em dezembro de 2013 e perdeu a vaga na final para o Raja Casablanca.

O Galo chegando em voo da TAP

Para quem zoa o Atlético e atleticanos até hoje, vale uma definição, simples, do maior atleticano que conheço: “Eu gostaria de estar numa disputa dessas em todo o fim de ano; mesmo se perdesse”.

De Alexandre Kalil, sempre que questionado sobre isso. Afinal, para chegar lá, é preciso ganhar, antes, a Libertadores da América, o que é para poucos!

O Marrocos e Marrakech são maravilhosos. Povo receptivo, que recebeu de forma calorosa o time e os milhares de atleticanos que lotaram a cidade. Na época, vendo bandeiras, faixas e estandartes por toda a cidade, pendurados nas janelas dos prédios, comparei com Guarapari em época de férias. Foram dias de festa espetaculares, inesquecíveis.


Tive o prazer de fazer essa cobertura lá. Nessa foto, com o Frederico Bolivar, que era da TV Alterosa e o Dadá Maravilha, “Peito de Aço”, que contava histórias o tempo todo e alegrava a todo mundo.

Dentro de campo, não deu para chegar à final contra o Bayern de Munique, por um motivo simples: Cuca estava com a cabeça nos milhões que ele ganharia na China e infelizmente contou aos jogadores que já estava acertado com os chineses. O ambiente foi pro saco.

Desconcentração absoluta quanto ao primeiro adversário, que achavam que seria barbada. Por isso, continuo votando em Telê Santana, quando me perguntam quem foi o maior treinador da história do Galo. Cuca é o segundo melhor.

Ronaldinho Gaúcho era a grande estrela do Galo, recebido com “honras de chefe de Estado”, do aeroporto a qualquer canto de Marrakech.

Marrakech é uma linda cidade e a parte antiga foi a mais atingida por esse terremoto

Com seus quase 900 mil habitantes, Marrakech tem um trânsito incrivelmente bagunçado, mas fluente, ou seja: uma bagunça organizada.

A massa esteve presente e a ida para o jogo contra o Raja Casablanca fazia lembrar a ida para o Mineirão em dias de clássicos

Chego ao Estádio de Marrakech, capacidade para 45.240 pessoas e me deparo com Lélio Gustavo (esq.) e Roberto Abras, no primeiro treino do Atlético lá. Ambos da Rádio Itatiaia na época.

Fiquei num hotel dentro da Medina, a parte antiga da cidade, ainda cercada por uma muralha, coisa de 1.062, quando a cidade foi fundada.

Toda força a este povo fantástico, que passa por esses momentos terríveis.

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