A Copa do Mundo do Catar terá um local reservado a torcedores bêbados ficarem sóbrios. A informação foi dada pelo diretor-executivo do evento, Nasser Al Khater, que também falou sobre mais assuntos, como manifestações políticas e respeito à população LGBTQIa+.
Primeiro país muçulmano a sediar o maior evento futebolístico do mundo, o Catar restringe o consumo de bebidas alcóolicas. Por isso, o país não está acostumado a lidar com grandes quantidades de pessoas alcoolizadas e barulhentas, como costuma acontecer nos dias de Copa do Mundo.
Bêbados na Copa do Catar: ‘Deixar as pessoas sóbrias’
Segundo o diretor-executivo do evento, a organização reservará zonas específicas para evitar incidentes ocasionados pelo álcool. “Existem planos para deixar as pessoas sóbrias se houver excessos no consumo de bebidas”, disse.
“Este será um lugar para garantir que eles se mantenham seguros e não prejudiquem ninguém”, continuou, durante entrevista ao veículo britânico Sky News publicada na última quinta-feira (13). O país considera crucial controlar atitudes de torcedores bêbados na Copa.
Em função da Copa do Mundo, o Catar precisou abrir novas áreas, além de bares de hotéis, para a comercialização de bebidas alcoólicas. A abertura inclui as áreas externas dos estádios e as zonas de torcedores nas ruas, as chamadas “fan zones”.
Causas políticas
Independente de punições do país, o jogador Harry Kane, da Inglaterra, deve usar uma braçadeira de capitão com os escritos “One Love” durante o torneio. O acessório leva as cores do arco-íris, simbolizando apoio à causa LGBT+. A informação é da Sky Sports, setor esportivo da Sky News.
Sobre possíveis manifestações de jogadores e torcedores durante a Copa do Mundo, Nasser afirmou que estão acontecendo discussões na Fifa sobre as mensagens políticas que devem ocorrer no evento. Ele declarou ser contra esse movimento.
“Esse é um torneio esportivo que as pessoas querem ir e se divertir. Transformá-lo em uma plataforma de declarações políticas, não acho que seja certo para o esporte”, argumentou.
‘Todos são bem-vindos’
Ainda na entrevista desta semana à Sky News, o diretor-executivo disse que o evento esportivo será destinado a todos os públicos – mesmo com a proibição de relações homossexuais de homens e mulheres no Catar.
“Tudo o que pedimos é que as pessoas respeitem a nossa cultura. No final das contas, contanto que você não faça nada que prejudique outras pessoas, sem destruir propriedades públicas e se comportando de uma maneira que não prejudique ninguém, todos são bem-vindos ao Catar, e não há por que se preocupar”, afirmou.
“Se eu segurasse sua mão e eu andasse na rua por horas e horas, ninguém diria nada para nós”, garantiu o diretor-executivo da Copa do Mundo no Catar. Assista um trecho da fala:
Assunto recorrente
Recentemente, o assunto foi pauta nos noticiários sobre a Copa do Mundo. No início de setembro, o respeito a todos os públicos foi garantido por Hassan Al Thawadi, secretário-geral do Comitê Supremo para Entrega e Legado do Mundial no Catar.
“Todos serão bem-vindos ao Catar, independentemente de sua raça, origem, religião, gênero, orientação ou nacionalidade”, disse Hassan.
Segundo o secretário-geral, o país possui experiência em sediar compromissos de grande magnitude. “Já realizamos mais de 600 eventos desde que ganhamos os direitos de sediar a Copa. Repito: todos os fãs são bem-vindos para reservar acomodações e ficarem juntos. A vida privada das pessoas não é nossa preocupação”.
Na época, Hassan também falou sobre mais aspectos relevantes, como o recebimento de turistas, as vestimentas e o álcool.
