O jogador de vôlei Diego Dutra, do Brasília Vôlei, relatou ter sido vítima de homofobia durante partida contra o Funvic/Natal, na sexta-feira (28). Em post nas redes sociais, o meio de rede disse que o chamaram de “baitola”, ofensa de cunho preconceituoso contra a comunidade LGBTQIA+. Desde o momento do episódio, ele vem sendo apoiado por outras personalidades esportivas.
“Bom, hoje perdemos um jogo importante, fico triste, mas o que mais me deixou triste foi o ato de discriminação que eu fui obrigado a ouvir em relação à minha orientação sexual! ‘Ai, saca logo, seu baitola!’. Essas foram as palavras do indivíduo que me ofendeu!”, começou Diego.
Em outros trechos do desabafo, o central disse que, graças aos torcedores, ele conseguiu identificar o agressor. Ao que tudo indica, o homem pediu desculpas pela violência verbal, mas Diego não aceitou. “Uma palavra de uso pejorativo para me insultar. Graças a Deus vários torcedores ouviram e mostraram quem foi”, prosseguiu nos stories.
Então, Dutra contou aos seguidores que reportou o comentário ao árbitro e delegado da partida, antes de sacar a bola. “Por fim, ele seguiu até onde pude perceber no ginásio, me pediu perdão e eu não aceitei esse perdão. Não vou aceitar isso calado. Então vim aqui expor essa situação. Falei para o delegado que não aceito. É inadmissível isso no século 21”, declarou.
“Eu segurei a onda o joga inteiro com vontade de falar poucas e boas para esse cara. Segui o jogo com um nó na garganta. Espero que ele seja notificado. O delegado responsável sabe quem foi. Vôlei Funvic, isso não deve ficar impune”, finalizou o jogador que sofreu homofobia na Superliga de vôlei.
Nas redes sociais, o clube Brasília Vôlei fez publicação pedindo respeito e afirmou ser “contra qualquer tipo de discriminação”. Veja abaixo:
‘Chega de LGBTfobia no esporte’
Ainda na ferramenta de stories, o jogador de vôlei que sofreu homofobia repostou diversas publicações de apoio. “Muito triste ver que isso ainda acontece”, escreveu um seguidor. “Estamos com você, meu amigo! Homofobia é crime!”, publicou um profissional de educação física. Até mesmo o deputado pelo PSOL e ativista LGBT Fábio Felix se manifestou: “Força, Dutra! Chega de LGBTfobia no esporte!”
Em nota ao BHAZ [leia abaixo na íntegra], a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) disse que “repudia qualquer forma de violência, preconceito ou desrespeito” e que está buscando as medidas legais cabíveis desde que tomou conhecimento do ocorrido.
Nota da CBV na íntegra
“A CBV preza pela inclusão e igualdade, e repudia toda forma de violência, preconceito ou desrespeito. A súmula e o relatório do delegado da partida serão analisados para adoção das medidas cabíveis.”
