O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) denunciou gestores da alta cúpula da antiga gestão do Cruzeiro, nesta quinta-feira (15), por diversos crimes. Dentre os denunciados estão o ex-presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá; o ex-vice-presidente-executivo de futebol, Itair Machado; o ex-diretor-geral, Sérgio Nonato; um ex-assessor de futebol do clube, três empresários, o ex-presidente do Ipatinga Futebol Clube e o pai de um atleta das categorias de base do Cruzeiro.
Segundo o MPMG, a denúncia narra crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. O prejuízo ao Cruzeiro, decorrente dos crimes de apropriação indébita e lavagem de dinheiro, de acordo com o MPMG, é de cerca de R$ 6,5 milhões.
Além da condenação dos investigados, o MPMG pede que seja fixada indenização ao Cruzeiro do prejuízo causado. E, a título de dano moral coletivo, dano à imagem do clube, com o pagamento correspondente a 100% do prejuízo efetivamente causado. O Ministério Publico aguarda decisão sobre levantamento de sigilo de medidas, dados e informações ainda em segredo de justiça, já requerido, para fornecer maiores informações sobre o caso.
O MPMG destaca que as investigações ainda prosseguem em relação a outros fatos. Dentre eles, contratos mantidos em nome do clube com pessoas e empresas ligadas a dirigentes e conselheiros, burlando vedação estatutária ao recebimento de remuneração, como forma de angariar apoio à gestão. Além de impedir/dificultar a atuação dos mecanismos de controle e concessão de “vantagens a terceiros, especialmente ligados a torcidas organizadas do clube, com o propósito de angariar apoio à gestão”; visando à identificação integral dos envolvidos, beneficiários finais e valores auferidos.
Denunciados e os respectivos crimes
O ex-presidente foi denunciado pelos crimes de falsidade ideológica, apropriação indébita e formação de organização criminosa. O ex-vice-presidente-executivo de futebol foi denunciado por lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. O ex-diretor-geral responderá por integrar organização criminosa e por apropriação indébita.
Já os três empresários são acusados de integrar organização criminosa e apropriação indébita, sendo que dois deles ainda responderão por lavagem de dinheiro. O pai do atleta das categorias de base do CEC responderá pelo crime de falsidade ideológica. O ex-presidente do IFC foi denunciado por lavagem de dinheiro e, por fim, o ex-assessor de futebol do CEC por apropriação indébita.
Com MPMG