Olimpíadas 2024: Brasil leva medalha de bronze na ginástica artística em equipe

30/07/2024 às 15h39 - Atualizado em 30/07/2024 às 15h53
(Ricardo Bufolin/CBG)

O Brasil conquistou a medalha de bronze na ginástica artística em equipe dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Flávia Saraiva, Júlia Soares e Rebeca Andrade, sobem ao pódio na tarde desta terça-feira (30) para receber a medalha olímpica inédita na história da ginástica artística brasileira.

Rebeca Andrade selou a conquista com um salto “Cheng” que garantiu a impressionante nota de 15.100 “Se for um sonho, não acorde a gente não! Vocês são verdadeiras lendas da história da GAF [Ginastica Artística Feminina]”, comemorou a Confederação Brasileira de Ginástica nas redes sociais.

Antes mesmo do início das performances, o clima era de tensão entre as atletas. Durante o aquecimento para as barras assimétricas, Flávia Saraiva caiu do equipamento, sofrendo um corte no supercílio direito.

Após o acidente, a atleta deixou a área de competição para ser atendida por uma equipe médica do Comitê Olímpico Brasileiro. Logo as imagens revelaram que o machucado não passava de superficial, Flávia recebeu um curativo no rosto e seguiu para a concentração.

Músicas que embalaram as performances

Anitta, Raça Negra, Beyoncé. Todos viraram trilha sonora de atletas da ginástica artística nas Olimpíadas de Paris, pela fase classificatória das ginastas no solo do último domingo (28), na Bercy Arena. Algumas das faixas escolhidas voltaram a aparecer nesta terça-feira (30), pela final da competição.

Julia Soares, do Brasil, abriu os blocos de classificação e finalíssima do solo com um remix de “Cheia de Manias”, do Raça Negra, e “Milord”, da cantora francesa Edith Piaf. A banda Raça Negra comemorou a escolha: “Vibramos com você!! Arrebentou demais”.

Na sequência, Jade Barbosa se apresentou ao som de “Baby one more time”, de Britney Spears. Já Flávia Sarava escolheu o clássico do cancã “Infernal Galop”, de Jacques Offenbach.

A favorita Rebeca Andrade fechou as apresentações com a junção de “End of Time”, de Beyoncé, e “Movimento da Sanfoninha”, de Anitta.

Brasileiros favoritos ao ouro

A expectativa pra primeira medalha de ouro brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris segue alta. Por enquanto, o país acumula apenas três condecorações, sendo duas de bronze e uma de prata, mas alguns atletas pintam como favoritos das suas modalidades de acordo com as movimentações realizadas em casas de apostas de todo o globo.

Numa casa de aposta, quanto maior a probabilidade de vitória de um atleta ou equipe, menor sua odd  variável que define o retorno financeiro do apostador. Portanto, se um esportista tem odd baixa pra as Olimpíadas, quer dizer que suas chances de vitória são altas  na visão das casas de apostas, claro.

Baseado na métrica desse universo, o BHAZ calculou as probabilidades de ouro dos brasileiros favoritos na competição global, que concentram alto número de apostas e, consequentemente, odds menores. Para isso, a reportagem coletou dados do agregador britânico Oddschecker, que reúne informações de mais de 20 casas de “bets” online. Os dados são relativos às apostas realizadas entre 24 e 26 de julho, antes mesmo do início das competições que antecederam a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.

A lista de “favoritaços” do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris reúne 17 atletas, com probabilidades entre 9% e 41%. Os valores podem parecer baixos à primeira vista, mas refletem, na verdade, a comum diluição de apostas em candidatos menos prováveis ao ouro nas casas de “bets”, afinal, quanto menos chance de um esportista levar o ouro, mais dinheiro aquela aposta paga aos investidores.

Tomando como exemplo o caso do surfista Gabriel Medina, por exemplo, temos apenas 31,79% de probabilidade de ouro, segundo as casas de apostas. No entanto, o atleta é cotado pelos especialistas como o principal candidato ao topo do pódio do surfe. A diferença entre as expectativas reais e os índices das plataformas online é explicada, portanto, por “apostas arriscadas” em vencedores menos prováveis que Medina.

Confira a tabela completa abaixo:

NomePaísChance de Vitória
Ana Patricia/Duda
Vôlei de Praia
(Feminino)
Brasil40,82%
Beatriz Iasmin SOARES FERREIRA
Boxe
(60kg Feminino)
Brasil36,36%
Gabriel MEDINA
Surfe
(Masculino)
Brasil31,79%
Rayssa LEAL
Skate
(Street Feminino)
Brasil30,77%
Alison dos SANTOS
Atletismo
(400m com barreiras masculino; Revezamento 4x400m masculino)
Brasil21,80%
Brazil
Vôlei
(Masculino)
Brasil17,88%
Brazil
Vôlei
(Feminino)
Brasil16,22%
Marcus D’ALMEIDA
Tiro com Arco
(Individual masculino; Equipe Mista)
Brasil14,58%
Rebeca ANDRADE
Ginástica Artística
(Feminino)
Brasil14,29%
Tatiana WESTON-WEBB
Surfe
(Feminino)
Brasil13,04%
Augusto AKIO
Skate
(Park Masculino)
Brasil12,50%
Mayra AGUIAR
Judô
(-78kg feminino; Equipe Mista)
Brasil12,35%
Luiz Gabriel OLIVEIRA
Boxe
(57kg Masculino)
Brasil12,31%
SOFFIATTI GRAEL Martine / KUNZE Kahena
Vela
(Women’s Skiff)
Brasil11,11%
Keno Marley MACHADO
Boxe
(92kg Masculino)
Brasil10,00%
George/Andre
Vôlei de Praia
(Masculino)
Brasil9,76%
Hugo CALDERANO
Tênis de Mesa
(Simples masculino; Equipes masculinas)
Brasil9,09%

Thiago Cândido

Jornalista pela UFMG. Repórter no BHAZ desde 2023. Participou de reportagem vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo 2024.

Thiago Cândido

Email: [email protected]

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