Coronavírus leva apreensão a organizadores das Olimpíadas: ‘Seriamente preocupados’

@Tokyo2020/Twitter/Reprodução + Arquivo EBC

O surto de coronavírus, que se expande pelo mundo, já é motivo de preocupação para a organização das Olimpíadas. O presidente do comitê organizador do evento, Toshiro Muto, reconheceu que está “seriamente preocupado” com a epidemia e o impacto que ela pode ter nas Olimpíadas.

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Muto manifestou sua apreensão em um encontro com dirigentes do Comitê Paralímpico Internacional nesta quarta-feira (5). “Estamos seriamente preocupados que a propagação da epidemia jogue um balde de água fria na animação para os Jogos”, afirmou.

O “prefeito” da Vila dos Atletas, que deve receber 11 mil esportistas, também demonstrou preocupação. “Eu realmente espero que a epidemia acabe logo para que possamos operar as Paralimpíadas e as Olimpíadas de maneira tranquila”, declarou Saburo Kawabuchi.

Apesar da apreensão, os organizadores garantem que ainda não têm planos de cancelar as Olimpíadas, que serão realizadas de 24 de julho a 9 de agosto. “No pior cenário, vamos fazer o possível para que os atletas se concentrem somente em suas performances esportivas”, completou Kawabuchi.

Desde o início da epidemia, foram confirmados 20.704 casos (99,2% na China), com 427 óbitos. A taxa de mortalidade do coronavírus 2019-nCoV é de 2,1%. Até o momento, há 2.788 casos de pessoas infectadas em estado grave. Todos na China. Desses, 492 são novas ocorrências. A província de Hubei continua sendo amais afetada: 66% dos casos ocorridos.

O que sabemos sobre o coronavírus?

Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio, que foi chamada de Mers.

A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da OMS na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida, que afetava moradores na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro, foi apontado um mercado de frutos do mar como o local de origem da transmissão. O espaço foi fechado pelo governo chinês.

Com Agência Brasil

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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