Rodrigo Caetano reconhece fase ruim do Galo, mas descarta demissão de Turco: ‘Trabalhar de forma silenciosa’

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O treinador chegou ao Galo no início desta temporada (Pedro Souza/Atlético)

Diante do momento negativo do Atlético, que somou apenas dois pontos nos últimos três jogos no Brasileiro, o diretor de futebol Rodrigo Caetano concedeu uma entrevista coletiva sobre a situação atual do clube. Segundo ele, por enquanto, a diretoria não considera a saída do técnico Turco Mohamed.

“Não pensamos em substituição nesse momento”, ressaltou Caetano. “Pensamos em trabalhar muito, de forma silenciosa, para reverter esse momento que não é bom”, completou. Nos últimos 10 jogos da temporada atual, o Galo somou apenas 50% de aproveitamento: são 4 vitórias, 3 derrotas e 3 empates, com 13 gols sofridos e 15 feitos.

Vale ressaltar que no período, o Atlético perdeu invencibilidades históricas no Mineirão e na Libertadores. Na próxima rodada, o time de Mohamed visita o Ceará nesta quarta-feira (15) no Castelão.

‘Mais do mesmo’

Segundo Rodrigo Caetano, trocar de técnico não é garantia de melhora no clube. “A cada momento de oscilação, de dificuldade, ficar substituindo os profissionais… bom, é mais do mesmo. E a gente vai trabalhar aqui do contrário. Para recuperar o bom desempenho e resultados”, defendeu.

“Se tivermos algum tipo de identificação de que o trabalho não irá seguir em alto nível, iremos reunir a diretoria, avaliar, e terá tomada de decisão. Neste momento, não”, disse.

‘Dentro do parâmetro’

Com o distanciamento da liderança do campeonato, a circunstância do Galo serviu de alerta para a administração, conforme disse Rodrigo Caetano: “O líder do Brasileirão [Palmeiras] já abriu cinco pontos. Isso nos preocupa e estamos trabalhando desde o jogo contra o Santos para encontrar soluções”.

“Tirando as três últimas rodadas, o trabalho está dentro do parâmetro dentro de um Campeonato Brasileiro disputado. O Atlético irá seguir na busca do título, sem deixar de lado as duas copas em disputa. Vamos mirar os títulos e corrigir os erros que nos afastaram das vitórias nos últimos jogos”, garantiu. 

A diretoria decidiu que o técnico Mohamed continua no comando da equipe (Pedro Souza/Atlético)

Pontos que escaparam

Caetano não discordou dos protestos da torcida, que está no seu direito de se manifestar. “É legítima a insatisfação. Nós também não estamos satisfeitos por esse último recorte. No domingo, quando enfrentamos o Palmeiras e estávamos disputando a liderança, foram muitos pontos positivos identificados. Fizemos um enfrentamento superior ou de igual para igual. Nossa equipe soube se defender bem”, frisou.

O diretor fez um panorama dos últimos duelos que desapontaram os torcedores. “O ponto fora da curva foi o jogo contra o Fluminense. Isso é nítido. Fomos muito abaixo do nosso padrão de comportamento. Tivemos também a infelicidade de empatar o último jogo quando tivemos o segundo tempo com um homem a mais com a vantagem e não confirmamos a vitória. Isso traz uma insatisfação”, afirmou Caetano.

‘Projetar sempre o melhor’

Nos próximos dias, o Galo possui duelos importantes: além do jogo fora de casa contra o Ceará, a equipe terá dois clássicos com o Flamengo no Mineirão: neste domingo (19) às 16h, pelo Brasileiro, e na quarta-feira que vem (22) às 21:30, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O tema foi assunto na coletiva do diretor.

“Por mais que a gente trabalhe com vários cenários, a gente tenta projetar sempre o melhor cenário, que é ir lá e vencer, ter o melhor desempenho. Prefiro, publicamente, trabalhar com o cenário que vamos fazer um grande jogo, vencer lá, depois encher o Mineirão e vencer o Flamengo. Muito difícil fazer um prognóstico em caso de derrota. Não quero pensar nisso”, apresentou Rodrigo Caetano.

No último jogo, mesmo com um a mais em campo, Galo sofreu o empate do Santos (Pedro Souza/Atlético)

Torcida insatisfeita

Insatisfeita e impaciente com o desempenho recente da equipe, a Massa Atleticana vem exigindo a saída do treinador Antonio Mohamed com a hashtag #ForaTurco e continuou protestando depois da coletiva de Rodrigo Caetano.

“Quem move esse time é a massa e a voz da massa fala mais alto, certeza que se continuar nessa ruindade que o time está e a massa fazer manifestação, quero ver se o técnico continua no time”, protestou uma torcedora. Leia alguns comentários feitos após a coletiva:

Edição: Roberth Costa
Beatriz Kalil Othero[email protected]

Jornalista formada pela UFMG, escreve para o BHAZ desde 2020, e atualmente, é redatora e fotógrafa do Portal. Participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2021 e 2022, e pela Rede de Rádios Universitárias do Brasil em 2020.

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