Tite, o técnico da Seleção Brasileira, ressaltou que não fez seu melhor trabalho durante a passagem pelo Atlético em 2005, ano em que o clube foi rebaixado para a Série B. Na época, foram 21 jogos no comando do alvinegro durante o Campeonato Brasileiro, com apenas 4 vitórias. Diante dos maus resultados desde o mês de abril daquele ano, ele pediu demissão do cargo em agosto, meses antes do fim da competição.
O treinador deu a declaração durante a entrevista coletiva em Belo Horizonte, onde a Seleção se prepara visando o duelo contra o Paraguai amanhã (1), no Mineirão, pelas Eliminatórias da Copa.
‘Duplo sentimento’ de Tite
Segundo Tite, a passagem por BH é especial pelas amizades que construiu durante seu período no time alvinegro. “Tenho sentimento muito grande (sobre BH e o Mineirão), fiz grandes amigos na passagem pelo Atlético. Tenho pessoas com admiração especial. Fica um duplo sentimento de não ter feito meu melhor trabalho e insucesso no Atlético. Isso fica no sentimental, com senso de dívida, se pudesse colocar assim. Não de caráter ou conduta, mas de senso de resultado”, lamentou.
‘Era pouco para a grandeza’
O técnico da Seleção fez uma autocrítica sobre o seu trabalho à frente do Galo e disse que talvez não tenha tido o melhor momento para treinar o clube. “Eu estava insuficientemente maduro, insuficientemente estudado, habilitado para dirigir o Atlético naquele momento. Nesse contexto todo. Eu era pouco para grandeza do Atlético e não estava formado”, disse Tite.
Segundo o treinador de 60 anos, o aprendizado na profissão continua sendo constante. “Continuo me formando. Desafio diário nosso, até porque se eu soubesse dos erros, eu não cometeria”, ressaltou. “Burro não sou, eu pegaria, tiraria, e faria só coisa correta. Estrutura da vida é assim”, refletiu Tite na coletiva de imprensa.
Seleção em BH
Como parte da preparação para o duelo contra o Paraguai, a Seleção Brasileira iniciou os treinos no último sábado (29) na Toca da Raposa II (veja mais fotos aqui). Em campo, o elenco foi divido em dois por Tite e sua comissão técnica. Os titulares no último jogo – o empate por 1 a 1 contra o Equador – fizeram um treino com atividades mais leves.
Já os jogadores reservas e os que não atuaram por muitos minutos treinaram com bola e fizeram um trabalho de enfrentamento. Esses últimos também exercitaram as finalizações com os goleiros Alisson, Weverton e Ederson.
Ontem (30), a Seleção treinou novamente na Toca, mas sem a presença da imprensa. O último treino antes do jogo contra o Paraguai está marcado para hoje, às 17h, no Mineirão, para reconhecimento do gramado. A imprensa poderá acompanhar a atividade da equipe.
(Beatriz Kalil Othero/BHAZ)
