O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), foi denunciado nesta sexta-feira (6) ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), pela Procuradoria-Geral da República. As acusações são de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. As informações são da Folha de S. Paulo.
A base da acusação é a Operação Acrônimo, que investiga um suposto esquema de financiamento ilegal pelo PT, da qual Pimentel é um dos principais alvos. Há indícios de que as empresas de consultoria Brigde e Bro receberam recursos de empresas suspeitas de serem beneficiadas por atos de Pimentel enquanto ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (MIDC), antes de disputar a eleição para governador.
A Polícia Federal já havia pedido o indiciamento do governador ao STJ, afirmando ter reunido elementos que comprovam que o político teria “coordenado e integrado” um esquema criminoso que utilizava a máquina pública.
No relatório da PF são reunidas várias provas contra Pimentel, como transferências bancárias, pagamentos de despesas pessoais pelas consultorias de fachada, mensagens de celular e depoimentos confirmando o envolvimento do ex-ministro com a Caoa, empresa que teria pagado para obter vantagens no MIDC.
Pela legislação mineira, se a denúncia for recebida e o governador for considerado réu, ele terá de ser afastado de suas funções