A Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual apresentou, nesta terça-feira (7), as conclusões da investigação sobre o caso da mulher que foi estuprada em um “monte de oração”, no último dia 15 de dezembro, no bairro Buritis, região Oeste de Belo Horizonte.
Conforme a investigação, a vítima, de 59 anos, frequentava o monte de orações há, pelo menos, 15 anos. No dia do crime, ela avistou o homem, de 29 anos, sentado debaixo de uma árvore, segurando uma bíblia nas mãos, enquanto caminhava em direção ao local.
A mulher, inclusive, estava em ligação com sua amiga e comentou que achou estranha a atitude do homem de virar a cabeça e acompanhar sua movimentação. Entretanto, como ele portava uma bíblia, a vítima não desconfiou de nada e continuou seu caminho até o topo do monte.
Chegando ao local, a mulher percebeu que o homem estava subindo atrás dela, mas prosseguiu para orar com sua amiga, que continuava em ligação. A vítima orava no chão do local quando o indivíduo chegou por trás, agarrou e arrancou suas roupas, inclusive as peças íntimas.
Conforme a Polícia Civil (PC), o homem obrigou a vítima a praticar sexo oral. A vítima relatou que tentou reagir diversas vezes, mas o indivíduo dizia que a mataria caso fizesse algo.
A amiga da mulher acionou a polícia, além de entrar em contato com outros dois amigos da vítima. Os três subiram o monte para encontrar a amiga.
O indivíduo tentou fugir para uma mata próxima, mas foi preso em flagrante com apoio do helicóptero da Polícia Militar (PM). A prisão foi convertida em prisão preventiva em 17 de dezembro. A vítima foi encaminhada para um hospital de referência para atendimento e receber medicamento preventiva contra doenças.
Além da coleta do depoimento de testemunhas, a PC recolheu amostras retiradas do corpo e da roupa da vítima. Após os exames, foi constatado o DNA de um indivíduo do sexo masculino, que foi inserido num banco de dados e constatou que se tratava do homem preso em flagrante.
Após as investigações, o inquérito foi concluído com a comprovação da autoria e materialidade delitiva. Segundo a PM, o indivíduo estava em cumprimento de pena no regime semiaberto e possuía diversas passagens pela polícia, com condenações pelo crime de tráfico de drogas, roubo, corrupção de menores, receptação e, também, passagem por furto.
O homem segue preso preventivamente e, agora, será remetido à justiça para o prosseguimento por meio do Ministério Público, que oferecerá a denúncia e encaminhará o processo criminal.
Em casos de violência sexual, a recomendação da polícia é de que as vítimas não se lavem e armazenem as roupas em um envelope de papel ou em outro invólucro de papel. Em seguida, é necessário o material para o hospital de referência.
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