Após espancamentos e tortura psicológica, mulher mata marido e diz que deveria ‘ter esfaqueado mais’

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Penelope Jackson esfaqueou marido até a morte após anos de violência doméstica (Reprodução/The Guardian)

Uma contadora de 66 anos confessou em júri que esfaqueou o marido até a morte, após anos de violência doméstica, no Reino Unido. O caso aconteceu no dia 13 de fevereiro, mas estava em segredo de Justiça e só foi revelado esta semana, com início do julgamento. Em imagens divulgadas pela polícia, logo após o crime, Penelope Jackson aparece dizendo que espera que o marido “tenha morrido”.

De acordo com o The Guardian, no depoimento da mulher, o marido a espancou por diversas vezes e, em determinada ocasião, colocou uma faca no pescoço dela. Além disso, a ré disse que o ex-tenente-coronel David Jackson, 78, uma vez lhe deu uma cabeçada quando voltava para casa e a jogou escada abaixo durante uma celebração do Dia das Mães no refeitório de um oficial.

“Sempre começava com ele sendo verbalmente agressivo. Sempre foi sobre eu ser desleal e ele dizia: ‘Você nunca me amou mesmo’. Ele me chamava de ‘coisa’ como se eu não fosse uma pessoa”, disse a mulher durante julgamento.

A mulher continuou e disse que a situação só piorava com o passar do tempo. “Ele me sacudia a maior parte do tempo, às vezes me estrangulava e às vezes eu ficava inconsciente. Outras vezes, ficava semiconsciente, na cama ou no chão e, se ele estivesse com muita raiva, me chutava”.

Ela disse que uma vez o marido a agarrou pelo pescoço durante um café e em outra ocasião a sufocou até que ela ficou inconsciente após uma disputa sobre uma tábua de queijos. Ela disse que se ela não quisesse sexo, “ele colocaria as mãos na minha boca e nós faríamos sexo”.

Dia do crime

A própria mulher chamou a polícia. Em imagens divulgadas no final do caso da acusação, Jackson diz aos policiais: “Eu admito tudo”. Ela diz que seu marido está no chão da cozinha de seu bangalô em Somerset. Jackson diz que “não há nada desagradável”, antes de acrescentar: “Com alguma sorte, vocês chegarão tarde demais”.

Um pouco depois, Jackson responde aliviada com “que bom” após ser informada que está sendo presa por assassinato e, assim, descobrindo que o marido estava morto.

Enquanto estava no telefone com a polícia, Jackson pode ser ouvida dizendo ao atendente: “Posso ir e esfaqueá-lo novamente”. O profissional da chamada pede que ela não faça isso, e Jackson continua: “Estou na sala, ele está na cozinha sangrando até a morte com alguma sorte”.

Questionada sobre quantas vezes ela o esfaqueou, Jackson diz uma vez. “E então ele disse que eu não faria isso de novo, então fiz mais duas vezes”. Jackson também diz que pensou ter esfaqueado o coração do marido, mas acrescenta: “Bom, ele não tem um”.

As autoridades correram para a casa e a filmagem da câmera mostra um policial gritando: “Traga a ambulância imediatamente – precisamos de RCP”. Jackson diz: “Não, não, não, por favor, não”, e acrescenta que ela “deveria ter esfaqueado ele um pouco mais”.

O julgamento ainda continua no Reino Unido, sem data para acabar ou uma sentença definida.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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