Depois de toda as polêmicas envolvendo a qualidade da água do rio Sena, uma atleta belga precisou ser hospitalizada quatro dias após participar doa triatlo feminino. De acordo com o jornal da Bélgica “Le Libre“, Claire Michel foi contaminada pela bactéria E.coli durante o trecho de natação no rio Sena. Ela está hospitalizada com problemas “intestinais e estomacais”, disse a publicação.
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A hospitalização de Claire trouxe consequências para a equipe belga, que não poderá competir sem a atleta no triatlo de revezamento misto. Por isso, eles abandonaram a disputa que ocorreria nesta segunda-feira (5). Em nota, o Comitê Olímpico Belga criticou os organizadores da modalidade nos Jogos de Paris.
“O COIB e o Triatlo Belga esperam que sejam aprendidas lições para futuras competições de triatlo nos Jogos Olímpicos. Estamos pensando aqui na garantia de dias de treinamento, dias de competição e no formato das competições, que devem ser esclarecidos com antecedência e garantir que não haja incertezas para os atletas, a comitiva e os torcedores”, afirma o comunicado.
Investimento bilionário não foi suficiente
A despoluição do rio Sena foi uma das principais promessas para as Olimpíadas de Paris 2024. A França investiu mais de US$ 1,5 bilhão em um projeto de regeneração do rio, com o objetivo de tornar suas águas seguras para a natação após 100 anos de proibição. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, chegou a mergulhar no rio para demonstrar que as águas estavam aptas a receber as provas dos Jogos Olímpicos.
Apesar da boa intenção, a ação da prefeita não comprova que o rio está em boas condições, já que isso é variável de acordo com as condições climáticas. Inclusive, treinos e provas do triatlo e de outras competições foram cancelados mais de uma vez desde o começo das Olimpíadas devido a má qualidade da água do rio Sena. De acordo com a organização dos Jogos, a “queda na qualidade da água” foi provocada pelas fortes chuvas.