A região central da América do Sul enfrenta, nesta semana, uma intensa onda de calor que pode elevar as temperatura até os 50ºC na Argentina, Uruguai e Paraguai. A massa de ar quente e seca também tem atingido o sul do país, principalmente o estado do Rio Grande do Sul, onde 216 municípios estão sob alerta. As informações são da BBC.
Desde segunda-feira (10), moradores da argentina tem sofrido com as altas temperaturas. A província de Mendoza chegou a ser colocada sob alerta vermelho pelas autoridades locais.
Em Porto Alegre, a Defesa Civil alerta que os os termômetros devem atingir os 39ºC até o próximo domingo (16). O órgão orienta que a população da cidade se proteja do sol, mantenha a hidratação constante e evite exercícios entre 10h e 16h.
Alerta para uma onda de calor. O aviso inicia-se nesta terça-feira, 10, e pode se estender até domingo, 16. A previsão é de mínimas partindo de 20ºC e máximas podendo chegar aos 39ºC.
— Defesa Civil Porto Alegre (@defesacivilpoa) January 10, 2022
Mais infos: https://t.co/5ca69ujLsf
📸 Alex Rocha/ PMPA pic.twitter.com/7W283OH5qD
Reflexos da chuva em Minas
Segundo o especialista em climatologia da América do Sul e membro do Centro Polar e Climático da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Éder Maier o calor intenso sentido pelos sul-americanos é provocado por uma massa de ar quente e seca “estacionada” entre a Argentina e o Brasil que impede a formação de nuvens.
“A baixa cobertura de nuvens e o tempo seco causam maior eficiência do sistema ambiental em converter a radiação solar em calor”, explica o especialista à BBC. Já o climatologista Pedro Leite da Silva Dias, da USP (Universidade de São Paulo), o fenômeno pode ter relação com as fortes chuvas que estão atingindo Minas e o Sul da Bahia.
Segundo ele, o bloqueio da alta pressão atmosférica impede que as nuvens de chuva saiam dessas regiões. “Funciona como uma gangorra: enquanto o centro da América Latina experimenta seca e calor, o nordeste e sudeste brasileiros sofrem com a chuva”, diz.