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Furacão Milton: Mineira nos EUA relata tensão antes da tempestade

09/10/2024 às 19h09
Mineira se prepara para chegada de furacão na Flórida. (Arquivo Pessoal)

Moradores da Flórida, nos Estados Unidos, se preparam para a chegada do furacão Milton, que deve atingir a região de Tampa na noite desta quarta-feira (9). Ao BHAZ, a belo-horizontina Amanda Gallo, de 41 anos, contou que enfrenta dias de preocupação ao lado do marido e do filho.

De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, o furacão deve causar inundações de até três metros na costa central da Flórida. A tempestade deve vir acompanhada de fortes chuvas e alertas para tornados.

“Muitos dos vizinhos e nós também passamos o dia colocando madeira nas janelas, tentando nos preparar o máximo para quando o furacão chegar não estourar as janelas. Todo mundo está muito tenso, ansioso e nervoso”, relata Amanda.

A mineira conta que mudou para os Estados Unidos há 18 anos, quando se casou com um americano. Desde então, a família vive em Tampa, na Flórida. Ela lembra que já enfrentou outros furacões na região, mas não com as proporções que observa agora.

“Desde que chegamos na nossa casa atual, esse é o terceiro furacão que a gente pega. O primeiro foi o Irma, em 2017. O segundo foi o Ian, em 2022, e agora o Milton. O tamanho da tempestade parece que vai ser o maior furacão na Flórida nos últimos 103 anos. Por enquanto nós ainda temos luz, mas já tem 115 mil pessoas sem energia aqui na região”, diz.

Mesmo com a previsão alarmante, a moradora comenta que as chances de alagamento na região são pequenas, já que vive em área elevada. Mesmo assim, as autoridades orientam que a população permaneça dentro de casa.

“Os lugares que são mais próximos da praia foram orientados a evacuar. Aqui eles aconselham a comprar água, comida, e enlatados, já que podemos ficar sem energia por vários dias. Aqui em casa nós compramos um gerador para poder ligar a geladeira e também temos painéis solares”.

Amanda comenta que os impactos devem ser sentidos com mais intensidades por quem vive nas áreas costeiras, onde a passagem do furacão Helene deixou 234 mortos nos últimos dias. “Por mais que tenha passado longe da costa, ele alagou várias cidades de praia. Então essas cidades que estão tentando se recuperar agora, ainda recolhendo o lixo, tentando reconstruir, terão que enfrentar um novo furacão. É de partir o coração”, completa.

Isabella Guasti

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023. Vencedora do prêmio CDL/BH de jornalismo 2024.
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Isabella Guasti

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Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023. Vencedora do prêmio CDL/BH de jornalismo 2024.

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