A ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, vem ganhando espaço na mídia internacional ao protestar contra as mudanças climáticas. Em entrevista à BBC, o pai dela, Svante Thunberg, contou que achava que a depressão mataria a filha antes dela lançar sua campanha mundial.
De início, Svante não aprovou a ideia da jovem de se posicionar à frente de uma batalha que envolve tantos confrontos. Eles conversaram várias vezes antes de Greta assumir a empreitada, até que ela estivesse preparada para lidar com o que viria pela frente.
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O pai contou que ele e a mãe da jovem, a cantora de ópera Malena Ernman, ajudaram na campanha pensando mais na própria filha do que no futuro do planeta. “Ela [a mãe] viu quanto isso significava para Greta, e, quando ela colocou tudo em prática, viu como ela cresceu com isso, quanta energia ela ganhou com isso. Eu entendia a importância de tudo, mas não fiz para salvar o planeta, fiz para salvar a minha filha”, explicou Svante.
Eleita a personalidade do ano de 2019 pela revista Time, Greta, que foi diagnosticada com Síndrome de Asperger, também enfrentou problemas com a depressão. Na entrevista, seu pai contou que ela passou um período sem falar ou comer e até deixou de ir à escola, antes de participar do ativismo climático.
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“Nós tiramos muito, muito tempo para resolver isso juntos. Eu me tornei vegano, sua mãe deixou de viajar de avião, nós adotamos hábitos mais sustentáveis e Greta ficou muito feliz com isso”, contou Svante. Ele acredita que, depois do ativismo, a garota mudou e ficou muito mais feliz.