Um iceberg de extensão equivalente à área da cidade de São Paulo se desprendeu de uma plataforma de gelo na Antártica, no último domingo (22). O anúncio do acontecimento ocorrido perto de uma estação científica do Reino Unido foi feito nessa segunda-feira pelo British Antarctic Survey (BAS).
O órgão é responsável por estudar as regiões polares do mundo. De acordo com o BAS, esse desprendimento não foi ocasionado pela mudança climática, mesmo com as ameaças do aquecimento global na região. Vale lembrar que em 2022, temperaturas recorde foram registradas no continente da Antártida.
No domingo, o iceberg de cerca de 1,55 mil km² se desprendeu da plataforma flutuante de gelo entre 16h e 17h, pelo horário de Brasília. A capital paulista possui aproximadamente 1,52 mil km² de área, número bem semelhante ao tamanho do bloco de gelo.
Confira abaixo o “antes e depois” do desprendimento:
De acordo com o BAS, o desprendimento do iceberg na Antártida aconteceu em decorrência do aumento da fenda que já existia na plataforma de gelo, após a ação de uma maré forte no local.
Segundo o glaciologista Dominic Hodgson, o movimento já estava previsto. “Este desprendimento era esperado e é parte do comportamento natural da plataforma de gelo Brunt. Não está vinculado à mudança climática”, diz um trecho da nota sobre o caso.
Atleta sobe montanha na Antártica
Neste mês, a Antártida havia se tornado notícia por outro motivo. A ultramaratonista mineira Fernanda Maciel bateu o recorde mundial, concluindo a subida e a descida do Monte Vinson, o maior do continente, no menor tempo registrado na história.
A atleta nascida em Belo Horizonte fez o percurso inteiro em 9h41. Foram 6h40 para subir os 4.892 metros do Monte Vinson e mais 3h01 para descer.
Assim, Maciel quebrou tanto o recorde só de subida, quanto o acumulado de subida e descida. Ela fez tudo isso sem o auxílio de suporte de oxigênio.
