Nesta sexta-feira (17), a polícia italiana da cidade de Bari, no Sul do país, investiga a casa de um homem que se passou por ginecologista para explorar a nudez de centenas de mulheres pela webcam. O criminoso, de 40 anos, mantinha as imagens em um acervo.
O suspeito de predação sexual fingiu ser um especialista para convencer pacientes a fazerem exames vaginais por meio de um link na internet. Diante dos abusos, várias vítimas decidiram reclamar às autoridades.
Como medida, a polícia grampeou as ligações do homem e descobriu que ele teria telefonado para diversas mulheres, que fizeram exames em clínicas de todo o país, para revelar o falso diagnóstico de que estariam com “várias infecções vaginais”, disse o comunicado da polícia.
O jornal “La Repubblica“, que tem sede em Roma e divulgou o crime, revelou que o predador sexual “persuadiu as pacientes a se submeterem a um exame ginecológico on-line”.
Vítima revela detalhes sobre o abuso
Uma das vítimas disse ao jornal que o falso ginecologista questionou coisas íntimas, como sua data e local de nascimento. “Ele se apresentou como médico. Me perguntou se eu tinha feito um check-up ginecológico nos últimos meses”, relatou.
“Ele fez perguntas cada vez mais pessoais… depois pediu uma videochamada via Zoom ou Hangout […] me pediu para mostrar minhas partes íntimas para confirmar o diagnóstico”, acrescentou a mulher, que se chama Lucia.
De acordo com o la Repubblica, “mais de 400 mulheres em toda a Itália” foram visadas, das regiões de Lazio a Lombardia e Calábria.
