Um homem de 31 anos foi preso em Londres, na Inglaterra, após se disfarçar de mulher para assediar uma adolescente na rua. Mark Brown, de 31 anos, estava em seu apartamento quando viu a jovem passando pela rua e decidiu se fantasiar para persegui-la. As câmeras de segurança do prédio flagraram o homem saindo com um vestido justo, uma jaqueta de couro e uma peruca e correndo atrás da menina.
De acordo com o The Sun, o crime aconteceu em setembro de 2019. A jovem estava voltando de uma festa de madrugada e passou pela rua do assediador. Ele então a seguiu, disfarçado, por cerca de 500 metros. Quando conseguiu alcançar a jovem, Brown a jogou no chão e a atacou. Ela reagiu com chutes e socos, mas não conseguiu escapar do abuso e só conseguiu reparar na peruca longa quando o homem já estava fugindo.
Ela denunciou o caso à polícia, que conseguiu localizar imagens de câmeras de segurança de vários estabelecimentos mostrando o percurso de Brown no dia do crime. Em seu depoimento, o abusador negou que fosse ele nas imagens e disse que “parecia ser uma mulher”. Mais tarde, no entanto, ele revelou ter comprado uma peruca igual à das imagens em uma loja de fantasias.
‘Nunca vivi um dia normal’
Tanto a peruca como o vestido e a jaqueta que aparecem nas filmagens foram encontrados no quintal da casa de Brown, assim como um sutiã e luvas de látex. O homem usou feno da gaiola de um animal de estimação para acolchoar o sutiã, de modo que parecesse mais realista.
O ataque elaborado, assim como todo tipo de abuso sexual, deixou marcas permanentes na vítima. “Nunca vivi um único dia normal desde então, aquela noite afetou minha vida cotidiana de tal forma que sinto que me mudou como pessoa”, disse em uma declaração sobre o caso. A jovem conta que agora se sente ansiosa e vulnerável perto de estranhos e relata ter “perdido a confiança nas pessoas”.
Brown, que já tinha outras sete acusações de abuso sexual, foi condenado a cinco anos e meio de prisão. “Brown é um predador sexual perigoso e eu estou satisfeito que o júri concordou com as evidências esmagadoras que reunimos contra ele”, disse o detetive Giash Uddin, investigador designado para o caso.
