O mineiro Begoleã Mendes Fernandes, preso no ano passado ao tentar embarcar em um avião com carne humana na mala, poderá ser condenado pela morte do amigo Alan Lopes, de 21 anos, nesta quinta-feira (8). A sentença será proferida nesta manhã pela justiça holandesa.
Em fevereiro do ano passado, ele foi preso tentando embarcar de Lisboa para Belo Horizonte com carne em uma mala. As análises do Instituto Médico Legal, segundo o jornal português Correio da Manhã, indicaram que a carne é de origem humana.
O Ministério Público do país pediu a internação compulsória do suspeito após a perícia concluir que ele desenvolveu um “delírio paranoico”. Segundo o órgão, Begoleã teria se convencido de que o amigo era canibal e que iria matá-lo.
Segundo o Ministério Público dos Países Baixos, a vítima recebeu mais de 100 facadas, que atingiram a cabeça, pescoço, tórax e outras partes do corpo.
Relembre o caso
Begoleã Mendes Fernandes foi preso ao tentar embarcar de Lisboa, Portugal, em direção a Belo Horizonte, em fevereiro do ano passado. Ele é suspeito de matar o também brasileiro Alan Lopes, de 21 anos, em Amsterdã, na Holanda.
De acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, o rapaz foi detido por “fortes indícios da prática do crime de falsificação de documentos” no Aeroporto de Lisboa. Depois da apreensão, as autoridades ficaram sabendo que ele era suspeito de assassinar Alan Lopes, de 21 anos.
Begoleã foi preso no controle de fronteira ao apresentar um documento de identidade italiano, levantando suspeitas de fraude. Ele ainda levava outros documentos de identificação em nome de outras pessoas.
Ao analisar o documento, a equipe do SEF constatou que ele era falsificado, e a identidade verdadeira do homem foi apurada. De acordo com perfil nas redes sociais, o jovem é natural de Matipó, na Zona da Mata mineira.
Os fiscais entraram em contato com as autoridades da Holanda, onde Begoleã mora, e confirmaram que ele é suspeito de um homicídio cometido no domingo (26). O país, então, emitiu um Mandado de Detenção Europeu para efeitos de extradição.
Suspeita de canibalismo
Ainda segundo o SEF, por indicação das autoridades holandesas e do DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Lisboa, também foram apreendidos outros materiais além dos documentos que o suspeito levava.
As autoridades apreenderam uma amarra, uma roupa com vestígios de sangue, uma embalagem de plástico contendo diversos pedaços de carne e um celular. O homem, então, foi conduzido ao Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária portuguesa.
De acordo com o jornal português Sábado, há suspeitas da prática de canibalismo no crime de homicídio de Alan Lopes.
