Rússia diz que Terceira Guerra Mundial, com armas nucleares, é ‘risco sério e real’

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Explosão na cidade de Kharkiv, na Ucrânia (Reprodução/GloboNews)

Sergei Lavrov, chefe da diplomacia russa, alertou para o risco real de uma guerra nuclear após envolvimento mais próximo de autoridades dos Estados Unidos no conflito com a Ucrânia. Em declarações à imprensa russa, nessa segunda-feira (26), Lavrov argumentou sobre o que considera uma dificuldade de negociação de acordo e disse que o risco da Terceira Guerra Mundial não deve ser subestimado.

Segundo a agência oficial de notícias da Rússia, o chefe da diplomacia acusou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de não ter interesse em um acordo de paz. “É um bom ator. Se olhar com atenção e ler atentamente o que ele diz, encontrará mil contradições. Mas, continuamos a conduzir negociações com a equipe ucraniana, e esses contatos prosseguirão”, disse.

O ministro garantiu que a Rússia tem respeitado corredores humanitários e que insiste em buscar um acordo. “Mas como a delegação ucraniana se comportou nas negociações, como o próprio presidente Zelensky se comportou, recusando-se a confirmar que receberam nossas novas propostas há uma semana… Falei sobre isso mais de uma vez, é claro, é deprimente”, acrescentou.

Visita dos EUA

Declarações foram feitas feitas um dia depois da visita a Kiev dos secretários Lloyd Austin, da Defesa, e Antony Blinken, de Estado, dos Estados Unidos, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy. Foi a primeira visita de governantes norte-americanos à Ucrânia desde o início do conflito, em 24 de fevereiro.

Ao fazer um balanço da visita, Austin considerou que a Ucrânia pode vencer a guerra contra a Rússia, se tiver o equipamento e o apoio certos. “A primeira coisa para ganhar é acreditar que se pode ganhar. E os ucranianos estão convencidos de que podem ganhar”, disse o secretário da Defesa norte-americano. Lavrov interpretou as declarações como um incentivo para que a Ucrânia continuasse lutando e não fizesse acordo.

Zelensky entregou aos representantes dos EUA um plano de ação para fortalecer as sanções contra a Federação Russa, elaborado por um grupo internacional de especialistas criado por ele. O plano propõe uma extensão das sanções contra a Rússia, de forma a incluir o petróleo e gás, transporte, novas proibições na área financeira e mais restrições à atividade das empresas estatais russas. Inclui ainda o reconhecimento da Rússia como Estado patrocinador do terrorismo.

Com Agência Brasil

Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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