O militar Mario Terán Salazar, responsável por executar o guerrilheiro argentino Ernesto “Che” Guevara, morreu nessa quinta-feira (10) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. A informação foi confirmada por pessoas próximas do militar ao Clarín.
“Acompanhamos as últimas horas dele. Tivemos uma boa relação, era um oficial responsável que cumpriu uma ordem superior”, disse ao jornal argentino o general aposentado Gary Prado, que comendou o pelotão que capturou Che Guevara com vida em 1967.
Ainda conforme o Clarín, Salazar tinha 80 anos e deixa a esposa e dois filhos. Ele estava internado havia três semanas em um hospital de Santa Cruz de la Sierra, mas não foi informada a enfermidade da qual ele sofria.
A morte de Che Guevara
Mario Terán Salazar foi um dos militares que encontraram Che Guevara junto de outros guerrilheiros em um acampamento na Bolívia. O exército do país foi informado da localização dos guerrilheiros no dia 7 de outubro de 1967, com apoio de dois agentes da CIA (Agência Central de Inteligência) cubano-americanos.
No dia seguinte, os militares cercaram a área e capturaram o líder do grupo, Che, que ainda foi ferido durante o combate. Ele foi levado para uma escola abandonada em um povoado boliviano, onde se recusou a ser interrogado.
Já no dia 9 de outubro, o presidente da Bolívia, René Barrientos, ordenou que ele fosse executado. Foi Mario Terán Salazar quem cumpriu a ordem, à época com 27 anos. O militar atirou nos braços e nas pernas de Che Guevara, que morreu aos 39 anos.