Uma mulher publicou um vídeo, aos prantos, depois de receber um tratamento humilhante de uma comissária de bordo. Conforme relata a norte-americana Sierra Stedman, uma aeromoça pediu para que a jovem fechasse o zíper do moletom, com a justificativa de que o short e cropped usados por ela não eram adequados para o ambiente. Mesmo depois de concordar em se cobrir, a jovem foi agarrada pela funcionária, que começou a gritar com ela no meio do avião.
Sierra compartilhou a história em uma série de vídeos no TikTok, que foram vistos mais de 8 milhões de vezes. “Quando a comissária de bordo te humilha em frente de todo o avião e ameaça te expulsar [do voo] pelo que você está vestindo”, escreveu em um vídeo filmado por ela logo após a experiência desagradável. A jovem pode ser vista chorando e claramente abalada no avião. “Nunca me senti tão degradada, envergonhada, irritada ou triste”, complementa a legenda da publicação.
Depois de ser questionada sobre a roupa que estava usando no voo, a norte-americana mostrou, em novo vídeo, uma foto da vestimenta. A jovem estava usando um cropped preto, um short claro, e um moletom cinza. Nos comentários da postagem, Sierra explica que quando tentou se afastar da comissária, porque ela estava gritando, foi agarrada pelo braço.
Segundo a mulher, isso aconteceu depois que ela já havia combinado com a aeromoça de fechar o zíper de seu moletom durante o voo. “Não havia razão para me agredir física e verbalmente e me humilhar, especialmente quando atendi ao seu pedido”, disse na rede social. “Ela decidiu agarrar meu braço e me puxar de volta para ela para começar a gritar comigo na frente de todos”
Pedido de desculpas
A mãe da jovem reclamou do episódio com a companhia aérea. Em resposta, a Alaska Airlines pediu desculpas pelo ocorrido e lamentou o tratamento recebido pela passageira. “A Alaska se esforça para fornecer um serviço excepcional aos nossos clientes. Pelo que você compartilhou, é evidente que falhamos ”, dizia o texto.
“Você e sua filha não devem esperar nada menos do que serem tratadas com o maior respeito, compaixão e cuidado. É realmente decepcionante saber que vocês dois não se sentiram assim durante o embarque e durante as interações com nosso comissário”, continuou a companhia.
A Alaska Airlines também reforçou que “leva esses assuntos muito a sério” e garantiu que vai conduzir uma investigação interna sobre o caso. “Devido a questões de privacidade, não seremos capazes de divulgar quaisquer descobertas, mas podemos garantir que isso será revisado ”, disse.
“Em nome do Alasca, gostaria de me desculpar sinceramente pela experiência de Sierra com nossa comissária de bordo e pedir desculpas a vocês duas pela forma como isso foi tratado”, finalizam.
Código de vestimenta
O código de vestimenta oficial da Alaska Airlines está no site da empresa. “O código de vestimenta é casual e a exigência é simplesmente uma aparência elegante e bem cuidada. Roupas sujas ou esfarrapadas e pés descalços nunca são aceitáveis”, determinam. Mesmo não concordando que estava vestida inadequadamente, a jovem reforçou que o questionamento dela não vem do pedido da aeromoça, e sim da forma como ela foi tratada no avião.
“Quando entrei no avião, ela imediatamente me parou antes mesmo de eu chegar ao meu lugar e me disse para fechar o zíper da minha jaqueta. Eu balancei minha cabeça e comecei a fechar o zíper da minha jaqueta e então comecei a andar para o meu lugar. Isso deveria ter sido o fim, mas, em vez disso, ela decidiu agarrar meu braço e me puxar de volta para ela para começar a gritar comigo na frente de todos”, explicou.
“Eu não tive nenhum problema com ela me pedindo para fechar o zíper da minha jaqueta, é o avião dela, que ela trabalha, se é isso que ela quer, eu vou fechar o zíper da minha jaqueta. Eu não acho que havia algo de errado com qualquer coisa que eu estava vestindo, mas se ela quiser que eu feche o zíper da minha jaqueta, eu vou fechar”, continuou.
A explicação veio em resposta a diversos comentários que questionaram a jovem sobre o código de vestimenta da companhia. “Então, esses comentários podem parar, porque não é esse o meu problema. Meu problema é com como ela agiu depois que eu atendi seu pedido”, finalizou.
