O pai de uma garota de 7 anos está processando uma escola depois que uma professora cortou o cabelo cacheado da criança, sem a permissão dos responsáveis. Jimmy Hoffmeyer argumenta que os direitos constitucionais da filha, que nasceu de uma relação interracial, foram violados. O caso aconteceu em Michigan, nos Estados Unidos, e as informações são da AP News.
Em abril deste ano, Hoffmeyer contou à agência de notícias que em uma ocasião, a filha, Jurnee, chegou em casa com grande quantidade do cabelo cortada de um lado. A menina contou que uma colega de sala usou tesouras para cortar seu cabelo no ônibus.
Dois dias depois, após o pai reclamar da situação com a direção da escola e levar a filha para fazer um corte assimétrico no salão, Jurnee voltou para casa com o outro lado do cabelo cortado. “Ela estava chorando e com medo de ser punida por ter tido o cabelo cortado”, contou o Jimmy Hoffmeyer à AP.
De acordo com ela, a professora teria cortado seu cabelo para “igualar os lados”. Já o pai disse que as explicações dadas pela direção da escola não o satisfaziam. Nessa terça-feira (14), ele entrou com um processo de US$ 1 milhão contra o distrito escolar da região, uma bibliotecária e uma assistente de professor.
Além de alegar violação dos direitos constitucionais da filha, o pai processa a escola por discriminação racial, intimidação étnica, imposição intencional de sofrimento emocional e agressão. Tanto a colega de sala quanto a professora que cortaram o cabelo de Jurnee são brancas.
De acordo com o processo, o distrito escolar “falhou ao treinar, monitorar, direcionar, disciplinar e supervsionar propriamente seus funcionários, e sabia ou deveria saber que os funcionários tomariam essas atitudes devido ao treinamento impróprio e à falta de disciplina exigida”.
Em julho, o conselho de educação da escola disse que a funcionária que cortou o cabelo de Jurnee tinha “boas intenções”. Outros dois funcionários ficaram cientes da situação, mas não reportaram a violação de regras. Ainda segundo o conselho, todos os três pediram desculpas.