Polícia prende suspeito de envolvimento em assassinato de mineira nos Estados Unidos

12/07/2024 às 17h10 - Atualizado em 12/07/2024 às 17h22
(Reprodução/Redes sociais)

Um homem de 57 anos foi preso suspeito envolvimento na morte da mineira Suzan Christian Barbosa, encontrada morta às margens de uma estrada rural de Michigan, nos Estados Unidos. A mulher viajava pelo país e estava desaparecida desde o dia 22 de junho.

A polícia local rastreou o paradeiro de Suzan até a cidade de Dearborn, Michigan, onde identificou o suspeito Fareed George Hajjar. As autoridades afirmam que ele está ligado ao crime, mas não deram detalhes sobre a investigação. As informações são da Fox News.

“Nossos policiais trabalharam dia e noite com Northfield Township para identificar um suspeito e reunir evidências suficientes para apresentar o caso ao gabinete do promotor”, disse o comandante da polícia de Dearborn, Timothy McHale, em comunicado. “Embora tenhamos obtido algumas acusações neste caso, esta continua sendo uma investigação em andamento e muito ativa”, finalizou.

Hajja também é acusado de exumação e mutilação de um corpo, além de ocultação da morte de uma outra vítima. Ele foi indiciado no Tribunal Distrital 14A-3 em Chelsea. A próxima audiência do suspeito está marcada para 25 de julho.

Mineira ficaria um mês nos EUA

O portal BHAZ conversou com Roberta Barbosa, irmã da vítima. A empresária, 38, conta que essa era a primeira vez que Suzan, mineira de Pedro Leopoldo, ia aos Estados Unidos.

“A minha irmã tinha o visto e falava inglês. Ela fez a viagem para olhar alguns imóveis para alugarmos, porque pretendia vender alguns produtos. E a última semana ela iria tirar para passear”.

A mineira iria ficar, ao todo, 30 dias no país. Passados cerca de 23 dias, Suzan parou de entrar em contato com os familiares, que passaram a suspeitar de algo errado.

“Nós falamos com ela até o dia 22 de junho à noite. Depois, a filha tentou contato e não conseguiu. Na segunda-feira ela continuou sem dar notícias e eu resolvi dar uma queixa no hotel em que ela estava hospedada”.

Família soube de morte pela mídia

Suzan ficou desaparecida por sete dias até que a polícia local encontrou o corpo dela às margens de uma estrada rural. A família da brasileira ficou sabendo da notícia por meio da mídia.

“Meu noivo estava procurando por matérias sobre corpos encontrados e pessoas desaparecidas desde que ela sumiu. Então ele viu uma matéria e entrou em contato com o detetive mencionado pelos jornalistas”.

A partir daí, o oficial manteve contato com Roberta para tentar confirmar que o corpo encontrado era de Suzan. Algumas perguntas foram feitas sobre as características da mulher.

Além disso, a empresária precisou enviar um raio-x dos dentes da irmã, que acabou confirmando que o corpo encontrado era de Suzan.

Mas, até o momento, não há detalhes sobre a morte ou suspeitos que possam ter cometido o crime. De acordo com Roberta, o caso deve ser concluído até o fim deste mês.

“As investigações demoram de três a cinco semanas para terminarem. Eles não falam nada sobre as suspeitas. Na minha opinião, foi um crime sexual, porque ela estava nua”.

Vakinha para última despedida

Não bastasse descobrir a morte de Suzan pela internet, o sofrimento da família só aumenta diante da distância e a incerteza de trazer o corpo dela de volta ao Brasil.

Os custos do traslado são muito altos. Suzan também deixou dois filhos, um garoto de 5 anos e uma menina de 15 anos. Apenas a adolescente morava com a mineira, já que o pai dela já faleceu também.

Por isso, Roberta decidiu fazer uma vakinha online para ajudar com as despesas. O objetivo é arrecadar R$ 100 mil.

“O corpo continua lá e a gente precisa contratar os serviços funerários para liberar o atestado de óbito. Precisamos urgentemente desse dinheiro para tomarmos as providências necessárias”.

“Eu gostaria de pedir às pessoas que ajudem com R$ 1 ou R$ 2, o que puderem. Qualquer quantia vai nos ajudar bastante para que possamos fazer uma homenagem e ter os últimos momentos com ela. Precisamos muito ter essa despedida”.

O portal BHAZ vai acompanhar todo o andamento do caso. As informações também estão sendo divulgadas pelo perfil da Roberta. Clicando aqui, é possível encontrar os detalhes sobre a vakinha.

Isabella Guasti

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023. Vencedora do prêmio CDL/BH de jornalismo 2024.

Isabella Guasti

Email: [email protected]

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023. Vencedora do prêmio CDL/BH de jornalismo 2024.

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