Québec proíbe maconha e álcool para não vacinados e estuda aplicar taxa sanitária

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Proibição de maconha e álcool aumentou procura por vacina em Québec, no Canadá (Arquivo Agência Brasil)

A província de Québec, a segunda maior do Canadá, adotou medidas para conter o avanço da variante ômicron da Covid-19 que dão o que falar. O ministro da Saúde local, Christian Dubé, anunciou que, a partir da próxima terça-feira (18), somente pessoas vacinadas poderão comprar bebidas alcoólicas e maconha para uso recreativo. Além disso, Québec ainda estuda que os não vacinados paguem, em dinheiro, uma “contribuição de saúde”. A medida deve estimular o debate sobre direitos individuais e responsabilidade social.

Maconha e álcool

Depois que o ministro anunciou a medida de restrição relacionada à maconha e álcool, a procura pela vacina contra Covid-19 saltou 300% em Québec. Christian Dubé explicou, durante o anúncio da medida, que a decisão não tem como objetivo irritar os não vacinados, mas sim proteger o sistema de saúde reduzindo o contato entre não vacinados com a população já imunizada.

“Este é um primeiro passo que estamos dando. Se os não vacinados não estiverem satisfeitos, há uma solução muito simples: vão tomar a sua primeira dose, é fácil e de graça”, disse Dubé. “Se você não quer se vacinar, não saia de casa”, emendou o ministro.

Vale lembrar que a maconha para uso recreativo foi liberada no Canadá ainda em 2018.

Taxa sanitária

Já nessa terça-feira (11), o primeiro-ministro do Canadá, François Legault, anunciou que as autoridades sanitárias estudam uma “contribuição de saúde”, uma espécie de taxa sanitária para aqueles que decidirem não se vacinar contra a Covid-19. A taxa não se aplicaria àqueles que não podem se imunizar por conta de razões médicas.

Pessoas não vacinadas prejudicam as demais, e o Ministério das Finanças da província está determinando quantia “significativa” que os moradores não vacinados seriam obrigados a pagar, disse Legault, acrescentando que o valor não seria inferior a 100 dólares canadenses (US$ 79,5).

Governos em todo o mundo têm estabelecido restrições de movimento aos não vacinados, mas um imposto abrangente sobre todos os adultos nessa condição pode ser medida rara e controversa.

Embora a cobrança possa ser justificada no contexto de emergência de saúde, sobreviver a provável contestação judicial dependerá dos detalhes, disse Carolyn Ells, professora de medicina e ciências da saúde da Universidade McGill. Ela manifestou surpresa com o fato de o governo dar um passo tão “dramático” agora, quando ainda restam opções para expandir a obrigatoriedade de vacinas.

Com Agência Brasil

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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