Repórter da ESPN deixa a emissora após se recusar a tomar vacina contra a Covid-19

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Allison costuma cobrir basquete e futebol americano universitário (Reprodução/@allisonw_espn/Instagram)

A repórter da ESPN norte-americana, Allison Williams, anunciou que está deixando a emissora após comunicar à empresa que não irá se vacinar contra a Covid-19. Em maio, a ESPN determinou que todos os funcionários do canal – que trabalhassem em estádios e arenas – deveriam se vacinar contra o vírus. A determinação vem de encontro com a exigência desses espaços – que estavam pedindo pela vacinação dos profissionais de imprensa.

“Eu sou tão moral e eticamente não alinhada com isso [a vacina]. E eu tive que cavar fundo e analisar os meus valores e minha moral, e no final eu preciso colocá-los em primeiro lugar. A ironia de tudo isso é que muitos desses mesmos valores e princípios que eu carrego me fez uma ótima profissional e provavelmente ajudou no sucesso que eu pude ter na minha carreira”, disse a jornalista com a voz embargada.

Segundo a repórter, a decisão também tem relação com o desejo de engravidar no futuro. De acordo com o Centros de Controle e Prevenção de Doenças, uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, porém, a vacina é recomendada para pessoas que estão grávidas, amamentando, atualmente tentando engravidar ou que talvez queiram engravidar no futuro.

O Ministério da Saúde do Brasil também recomenda a vacinação de gestantes e puérperas, mesmo aquelas sem comorbidades. Especialistas, da mesma forma, reforçam que alegações de que as vacinas contra a Covid-19 poderiam afetar a fertilidade feminina não tem fundamento científico. Mesmo assim, a repórter usou esse rumor como um dos motivos de não se imunizar contra o novo coronavírus e consequentemente deixar o quadro de funcionários da emissora.

“Não era há tanto tempo atrás que esses valores estavam alinhados com a Disney”, completou a mulher, já em lágrimas, em referência ao grupo empresarial responsável pela ESPN. “Eu respeito que os valores deles mudaram, mas eu esperava que eles respeitassem que o meus não mudaram. No final, eu não posso colocar uma folha salarial acima de princípio. Eu não vou sacrificar algo que eu acredito e carrego tão fortemente para segurar uma carreira”, argumentou.

Edição: Vitor Fernandes

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