Rússia anuncia cessar-fogo temporário para rotas humanitárias e Ucrânia diz que acordo não foi cumprido

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Evacuação de cidades na Ucrânia foi adiada (Reprodução/Ministério de Defesa da Ucrânia)

A Rússia anunciou neste sábado (5) um cessar-fogo parcial, em algumas partes da Ucrânia. O objetivo é formar os chamados corredores humanitários, que permitem a retirada de civis das áreas de conflito. No entanto, autoridades ucranianas afirmam que houveram ataques e a saída dos refugiados foi adiada.

De acordo com a RIA, agência de notícias russa, o acordo era válido neste sábado, a partir de 10h, no horário de Moscou. O regime permitira a saída de civis nas cidades de Mariupol e Volnovakha.

De acordo com o chefe do Centro de Controle de Defesa Nacional da Rússia, Mikhail Mizintsev, as rotas e logística de transporte dos corredores humanitários foram elaboradas em detalhes e coordenadas, e as Forças Armadas russas garantiram sua segurança.

No entanto, após a Ucrânia alegar que foram realizados ataques na região, a saída de civis foi adiada. Ainda segundo a RIA, o cessar-fogo e os corredores humanitários se encerrariam às 18h deste sábado, no horário de Moscou, o equivalente a 12h, no horário de Brasília.

Segundo o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, houve relutância da Ucrânia em estender o cessar-fogo. “Os batalhões nacionalistas aproveitaram o silêncio para se reagrupar e fortalecer suas posições”, disse.

Ucrânia alega que houveram ataques

As cidades de Mariupol e Volnovakha, contempladas no acordo de cessar-fogo, foram atacadas pela Rússia, segundo o governo ucraniano. Por conta da suposta quebra do pacto, a evacuação dos mais de 200 mil refugiados foi adiada. O prefeito de Mariupol disse à veículos da imprensa ucraniana que a situação na cidade é insustentável.

Segundo Vadym Boychenko, a região já está sem fornecimento de água e energia há vários dias. O governante local também disse que estão acabando os suprimentos de comida e remédios no local. Somente 400 civis teriam conseguido deixar a região, em meio à evacuação interrompida.

Ameaça nuclear

Após ordem do presidente russo Vladimir Putin para aumentar as forças nucleares, a Ucrânia concordou em fazer uma negociação com a Rússia. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que concordou em reunir-se com os russos “sem condições prévias”. Lukashenko, aliado de Putin, assumiu a responsabilidade de conter aviões e mísseis durante a conversa.

Atualmente, os países já estão indo para a terceira rodada de negociações. Na última quinta-feira (3), representantes da Rússia e da Ucrânia se encontraram pela segunda vez. Na reunião, um dos pontos acordados foi o cessar-fogo e a criação de corredores humanitários.

Edição: Giovanna Fávero
Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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