Johnson & Johnson deixará de comercializar talco em todo o mundo

talco Johnson & Johnson em prateleira
A partir do ano que vem, a farmacêutica Johnson & Johnson não vai mais produzir e comercializar talco para bebês (Reprodução/iStok)

A partir do ano que vem, a farmacêutica Johnson & Johnson não vai mais produzir talco para bebês. A empresa informou, em nota, que vai passar a comercializar um novo produto com amido de milho na composição.

“Avaliamos e otimizamos continuamente nosso portfólio para melhor posicionar o negócio para o crescimento de longo prazo. Essa transição ajudará a simplificar nossas ofertas de produtos, fornecer inovação sustentável e atender às necessidades de nossos consumidores, clientes e tendências globais em evolução”, disse a empresa.

Ainda segundo a Johnson & Johnson, o produto a base de amido de milho já é vendido em vários países ao redor do mundo, inclusive no Brasil. “Continuamos totalmente comprometidos em garantir que os produtos Johnson’s sejam amados por pais e famílias nos próximos anos”, finaliza o comunicado.

Denúncias

O produto já havia sido suspenso, há dois anos, nos Estados Unidos e Canadá depois de ser alvo de cerca de 38 mil ações judiciais. As denúncias relacionam o uso do produto ao desenvolvimento de câncer de ovário à longo prazo, por conta de uma substância chamada asbesto, semelhante ao amianto (relembre aqui).

Em 2019, a empresa alegou que uma investigação constatou que não há a presença da substância no talco. A farmacêutica afirma ter realizado 155 testes em dois laboratórios terceirizados diferentes usando quatro métodos de teste.

“Nosso talco é seguro e livre de amianto, e esses mais de 150 testes, e os testes que fazemos rotineiramente para garantir a qualidade e a segurança de nossos produtos à base de talco, são consistentes com os resultados de renomados laboratórios de pesquisa independentes ao longo de últimos 40 anos”, declarou na época.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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