União Europeia sanciona lei que proíbe tatuagens coloridas por riscos à saúde

União Europeia proíbe tatuagens coloridas
Medida também se aplica a técnicas permanentes de maquiagem (Banco de Imagens/Unsplash)

Nesta terça-feira (4), entra em vigor na UE (União Europeia) uma lei que proíbe tatuagens coloridas. Segundo o bloco, o motivo da medida é que os compostos químicos encontrados nessas tintas são nocivos à pele e, consequentemente, à saúde da população. A legislação também se aplica a maquiadores que usam o produto para técnicas definitivas.

Não é a primeira vez que o tema entra em discussão e preocupa autoridades. Em 2020, a ECHA (Agência Europeia das Substâncias Químicas) proibiu 4 mil itens normalmente utilizados em tintas de tatuagem coloridas. O órgão é responsável pelo registro, avaliação, autorização e restrição de produtos químicos em toda a União Europeia e visa à proteção dos cidadãos.

Em comunicado, o órgão explicou as razões para a proibição. O texto começa dizendo que ao menos 12% dos europeus têm uma tatuagem, à medida que a arte é muito popular e, entre 18 e 35 anos, é duas vezes mais provável que uma pessoa tenha ao menos um desenho na pele. No entanto, a nota destaca que os riscos de saúde ao usar certos químicos durante o processo precisaram ser regulamentados pela UE.

Objetivo é proporcionar segurança

Desse modo, a ECHA comunicou a medida da União Europeia que proíbe tatuagens coloridas. Segundo o órgão, a decisão objetiva proteger a população contra reações alérgicas e outros malefícios. “Prevê-se que as reações alérgicas crônicas e outras reações inflamatórias cutâneas causadas por tintas de tatuagem e maquiagem permanente diminuam graças à restrição”, iniciou.

Na sequência, a mensagem informativa relacionou a tinta colorida a doenças como câncer e mutações genéticas. “Efeitos mais sérios como câncer, danos ao nosso DNA ou ao sistema reprodutivo potencialmente originados de produtos químicos usados ​​nas tintas também podem diminuir”, argumentou em nota.

“O objetivo não é proibir a tatuagem, mas tornar mais seguras as cores usadas nas tatuagens e na maquiagem definitiva”, defendeu o órgão. Segundo o Extra, os fornecedores de tintas têm o prazo de 4 de janeiro do ano que vem para encontrar produtos químicos diferentes, aprovados pela ECHA, para criar cores similares às utilizadas em estúdios de tatuagem.

Edição: Vitor Fernandes
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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