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Macaé Evaristo, Ministra dos Direitos Humanos, participa da Expo Favela 2024 e fala dos desafios do novo cargo

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Macaé Evaristo, Ministra dos Direitos Humanos, e Conceição Evaristo participam de painel na Expo Favela 2024. (Andreza Miranda)

A recentemente nomeada ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, participou do primeiro dia do Expo Favela Minas Gerais 2024, nesta sexta-feira (13). A prima e escritora, Conceição Evaristo, também esteve presente no painel, junto com a jornalista Tábata Poline e outros convidados.

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Durante a conversa sobre a conexão entre gerações, Macaé Evaristo mencionou sua nomeação como ministra do Governo Lula. Nascida no interior de Minas Gerais, a ministra veio para Belo Horizonte para estudar, onde também fez o Ensino Superior, entrou para a Gestão Pública da capital mineira e, em seguida, para a política.

“Quando eu pensei que estava tudo muito bom e que eu ia ficar tranquila… Eu estava feliz, fazia o que amo na assembleia, junto com o povo de Minas que amo, aqui em Belo Horizonte, que adoro”, brincou. “Recebi uma convocação do presidente Lula para assumir o ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.”

“É uma tarefa muito importante, porque esse ministério cuida de temas e de agendas que são muito importantes para todo nós, desde a luta para a gente proteger aquelas pessoas que são ameaçadas em suas lutas pelos direitos humanos, à crianças e adolescentes, à pauta que tem muito a ver com esse evento, que é a discussão de direitos humanos e empresas, ou direitos humanos e talvez o direito que nós da periferia, pretos, pobres e favelados, que a gente também possa ter acesso a financiamento público para os nossos negócios”.

Macaé também falou sobre a importância da educação em sua história e o quanto ela pode determinar o acesso de gerações. A ministra relembrou os avós, que foram analfabetos, o pai, que era um intelectual e ativista negro de BH, e a mãe, que criou quatro filhas negras sozinha após o falecimento do companheiro.

“Naquele momento, a história projetada para as meninas negras, numa situação como essa, é que elas fossem dadas para outras famílias, ou que elas fossem para a prostituição. Mas a minha mãe sonhou, ela ‘escreviveu’ uma outra história e disse, ‘não, o meu projeto é que minhas filhas vão estudar, porque se isso acontecer, isso vai mudar radicalmente a nossa família’. Minha mãe é uma grande vitoriosa porque ela conseguiu que todas as quatro filhas estudassem”.

Andreza Miranda

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).
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