Cabo da PM é preso por envolvimento em assassinato de manicure em cidade mineira

Prisão de cabo da PM
Militar teria ajudado o primo da vítima a comprar o carro usado no crime (Polícia Civil/Divulgação)

Um cabo da Polícia Militar foi preso em Belo Horizonte, nessa terça-feira (17), suspeito de envolvimento no homicídio da manicure Nayara Andrade Rocha, morta a tiros em junho. O primo da vítima, sargento da PM, também já havia sido preso em ação da Polícia Civil em Muriaé, na Zona da Mata mineira, onde o crime foi cometido. Ainda neste mês, a Polícia Civil concluiu que o primo matou a mulher por dinheiro.

O militar teria ajudado o primo da vítima a comprar o carro usado no crime. Ele foi preso no batalhão onde trabalha, em uma ação conjunta do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) com a Corregedoria da Polícia Militar. De acordo com a Polícia Civil, ele ficará à disposição da Justiça Criminal da comarca de Muriaé.

Investigação

De acordo com o inquérito, concluído e encaminhado à Justiça no início do mês, o crime foi planejado e executado pelo primo da vítima, que teria fraudado diversos seguros de vida em nome dela. Durante as investigações, a polícia descobriu que o veículo utilizado pelo homem foi adquirido em Belo Horizonte, exclusivamente para o crime.

O cabo preso ontem foi quem teria auxiliado o sargento, comprando o veículo por meio de artimanhas para evitar a identificação dos dois. Para o Ministério Público, o militar prestou mais do que um favor ao amigo, tendo colaborado efetivamente para o crime.

Relembre

A mulher de 34 anos foi atingida por tiros no salão de beleza onde trabalhava como manicure e do qual era proprietária, no dia 1° de junho deste ano. O primo, que já se encontra preso, foi indiciado pela prática de homicídio duplamente qualificado, de dez crimes de estelionato na modalidade tentada, e por cometer fraude processual e corrupção ativa.

A vítima chegou a ser socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e contou à Polícia Militar informações sobre o momento do crime. Ela apresentava perfurações no ombro direito, na perna e na barriga. De acordo com o hospital em que ela foi internada, ela morreu no dia 3 de junho. Também houve indícios de oferecimento de vantagem indevida por parte do investigado para “frear” as investigações.

De acordo com apuração da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa em Muriaé, o primo teria se passado pela vítima no momento da contratação de seguros, e pela mãe da vítima, suposta beneficiária, para requerer o pagamentos das apólices. Por isso, ele teria cometido o crime motivado pelo pagamento dos prêmios do seguro de vida da mulher.

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!