Catadores de recicláveis acham R$ 40 mil e devolvem ao dono

Catadores de reciclaveis
Juninho, Carlos, Zé Luiz e Danilo, que não está na foto, foram os responsáveis pelo exemplo de honestidade (Reprodução/Claudinho/CP Notícias Cássia MG)

Um grupo de catadores de recicláveis da cidade de Cássia deram uma aula de honestidade. Os trabalhadores do município, a 392 km de Belo Horizonte, encontraram junto do material recolhido R$ 40 mil em dinheiro. Sem hesitação, foram atrás de quem acreditavam ser o dono da quantia para devolver o valor.

Sebastião Eustáquio da Silva, conhecido como o Juninho do Ferro Velho, conta ao BHAZ que a quantia estava junto do material recolhido. “Eles estavam separando o papelão quando acharam o dinheiro no envelope. Até acharam que era dinheiro de mentira. Ficaram um brincando com o outro: ‘quem quer dinheiro?’. Até que um percebeu que poderia ser dinheiro de verdade”, relata.

Quando Juninho, o responsável pelo ferro velho, foi informado sobre a descoberta dos funcionários, não houve dúvidas entre o grupo de que devolveriam os R$ 40 mil.  “A gente pegou e foi no local onde tinha pegado o papelão para entregar. Chegando lá conversei com o dono do comércio que achamos. Falei que tinha achado um negócio no lixo. Ele de cara já falou que era o dinheiro”, detalha.

Recompensa

Como agradecimento pela atitude honesta, o comerciante dono do dinheiro deu R$ 1 mil para os funcionários do ferro velho. No entanto, Juninho recusou a parte dele, que ficou para os outros trabalhadores. “Os meninos mostraram muita honestidade. Esse dinheiro poderia ter sido extraviado ali, mas eles mostraram confiança demais”, elogia.

“A hora que eles vieram falar comigo, todo mundo já pensou logo de cara em devolver. A gente nem pensou em gratificação, porque se fosse assim, ficava com o dinheiro. Uma coisa que eu sempre achei é que o que não é da gente, tem que devolver mesmo”, acrescenta.

Para o dono do ferro velho, a maior gratificação que poderia ter foi a reação da mãe ao saber da história. “Quando falamos com a minha mãe, de 85 anos, ela ajoelhou e agradeceu a Deus: ‘ainda bem, meu filho, que caiu na sua mão. Você mostrou que é uma pessoa honesta’. Quando ela disse isso, foi a melhor felicidade daquele dia, melhor coisa da minha vida. Nós fizemos nosso papel”, conclui.

Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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