O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) investiga, por meio da operação “Cemitério maldito”, seis funcionários públicos por enterrar caixões vazios. O caso ocorreu na cidade de Formiga, região Centro-Oeste de Minas. A apuração aponta que coveiros recebiam propina de famílias para assegurar lugares no cemitério. Para isso, eles enterravam caixões vazios.
De acordo com o MPMG, o cemitério envolvido é o Parque da Saudade. Seis pessoas, sendo cinco funcionários públicos e um ex-funcionário público, estão sendo investigadas. Estão sendo cumpridos seis mandados de medidas cautelares, como o afastamento das funções públicas, e oito mandados de busca e apreensão.
As investigações começaram há sete meses, quando um servidor público fez a denúncia contra os coveiros envolvidos no esquema. Foram coletadas provas de que os coveiros garantiam uma cova para famílias enterrando caixão vazio. Quando o ente da família morria, os coveiros retiravam o caixão vazio e colocavam o corpo.
Esquema de horas extras
Também foi apurado que os coveiros mantinham esquema de recebimento de horas extras que não eram devidamente cumpridas. Além disso, para o MPMG há fortes suspeitas de que os coveiros abasteciam veículo particular de uma funerária com dinheiro público. Ainda segundo as investigações, existem indícios do desvio de urnas funerárias do município para uma funerária particular.
Com MPMG