Com sinal vermelho nas mãos, mulheres poderão denunciar casos de violência em comércios de MG

sinal vermelho
A campanha foi criada em 2020 e possibilita que as mulheres denunciem casos de violência doméstica apresentando o sinal na mão (Paulo H. Carvalho/Agência Brasília)

Com o objetivo de resguardar as vítimas de violência doméstica e facilitar o acesso aos canais de denúncia, a PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) e a FCDL-MG (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais) aderiram, nessa segunda-feira (30), à campanha “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica”. Com a participação de estabelecimentos comerciais, a iniciativa poderá chegar a todo o estado.

A campanha foi criada em 2020 e possibilita que as mulheres denunciem casos de violência de forma silenciosa, apresentando um “X” na palma da mão em estabelecimentos comerciais. Ao ver o sinal, o funcionário é orientado a solicitar os dados da vítima e os repassar para as autoridades policiais.

“Unir forças e convidar a comunidade em toda Minas Gerais para o enfrentamento da violência doméstica é possibilitar que as vítimas tenham efetivamente um caminho de denúncia e de acolhimento, além de viabilizar a responsabilização dos seus agressores”, explica o chefe da Polícia Civil, o delegado Joaquim Francisco Neto e Silva.

Mais de 140 mil vítimas

De acordo com o delegado, só em 2020, cerca de 145 mil mineiras foram vítimas de violência doméstica. No período entre 2019 e 2021, foram registrados 411 feminicídios. “A Polícia Civil trabalha para diminuir esses dados alarmantes. Só neste ano, já efetuamos mais de 90 mil medidas protetivas”, ressalta.

Para garantir a efetividade da inciativa, a chefe do Defam (Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família), a delegada-geral Carolina Bechelany, explica que a PCMG fará um amplo trabalho de orientação aos lojistas.

“O papel do associado é fundamental para a eficácia da ação. É importante que ele saiba que, ao auxiliar a denúncia, pode estar salvando uma vida”. Até o momento, 30 CDLs (Câmaras de Dirigentes Lojistas) mineiras já iniciaram a adesão à campanha. A meta da federação é alcançar todas as 206 câmaras.

“Assim como temos feito em Belo Horizonte, cada CDL em Minas terá papel fundamental de fazer a diferença para diminuir essa triste estatística”, garante o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Outros canais de denúncia

Para além da campanha, as vítimas de violência doméstica em todo o estado podem formalizar uma denúncia por meio do aplicativo MG Mulher. As queixas também podem ser prestadas nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, na unidade policial mais próxima, ou mesmo pela Delegacia Virtual.

Com Agência Minas

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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