Holocausto brasileiro: Documentário sobre o manicômio de Barbacena chega à Netflix no domingo

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O documentário “Holocausto Brasileiro“, que fala das condições vividas por pacientes no manicômio de Barbacena, chega a Netflix no domingo (Reprodução/@daniela.arbex/Instagram)

O documentário “Holocausto Brasileiro“, que mostra as condições desumanas vividas por pacientes no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, na Serra da Mantiqueira, chega a Netflix neste domingo (25). A obra é uma adaptação do livro de mesmo nome escrito pela jornalista Daniela Arbex.

O filme foi lançado em 2016 em mais de 40 países e narra como o Colônia se tornou “um depósito” de pessoas marginalizadas, como homossexuais, mães-solo, pessoas com deficiência e pessoas em situação de rua. Ele conta com vários relatos de sobreviventes.

O Hospital Colônia de Barbacena foi uma unidade psiquiátrica fundada em 12 de outubro de 1903. Foram registradas mais de 60 mortes dentro do hospital entre as décadas de 1960 e 1980.

Nas redes sociais, Daniela Arbex comemorou a reestreia do documentário e compartilhou registros da gravação. Ela dedica a publicação ao irmão dela, Sandro Arbex, que participou da produção do filme e morreu de Covid-19 durante a pandemia.

“Produtor de cinema, ele dedicou-se de corpo e alma a esse projeto, nosso primeiro grande projeto juntos. Era a primeira vez que uma produtora fora do eixo Rio-SP, como a dele, fazia um trabalho original para uma grande plataforma”, escreveu.

“Quando tudo começou, eu me mudei para Barbacena com parte da equipe de produção. Sandro preparou tudo. Selecionou junto com o editor Fabio Cabral o time que nos ajudaria nessa longa jornada pela história da saúde mental no país. Foram meses muito difíceis. Meu filho tinha apenas 4 anos. A cada três dias, meu marido levava o Diego ao set para que eu pudesse estar com nosso filhote”, relembra ela.

Veja o trailer abaixo:

Edição: Lucas Negrisoli
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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